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Polícia Brasil
Quinta - 04 de Maio de 2006 às 14:32

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O depoimento de João Florentino Gomide, pai da jornalista Sandra Gomide, que foi morta pelo também jornalista Antonio Pimenta Neves, durou hoje 40 minutos no Tribunal do Júri de Ibiúna (SP). Ele disse que só dorme com remédios. "Não consigo ver a minha filha morta, e o Pimenta livre há mais de seis anos". "Eu sonho à noite com a Sandra e, às vezes, com o Pimenta também".

O jornalista confessou ter dado dois tiros na ex-namorada no dia 20 de agosto de 2000. O primeiro atingiu as costas de Sandra, à época com 32 anos. O segundo, no ouvido, foi à queima-roupa. Se for condenado, a pena pode chegar a 30 anos, segundo o promotor Carlos Rodrigues Horta Filho.

O pai de Sandra Gomide afirmou que, depois do assassinato da filha, fez safena e teve atrofia diabética por causa do estado nervoso. "Não tenho sensibilidade nas mãos e nos pés". "Para mim, era a melhor coisa que eu tinha na vida. Eu queria perder tudo, mas não queria perder a minha filha", disse.

Segundo Gomide, Pimenta Neves queria mandar em sua filha, ter propriedade dela, disse ele, ao explicar a causa do fim do relacionamento dos dois. Gomide afirmou ainda que Pimenta agrediu Sandra duas semanas antes do crime, no apartamento dela.

Sandra chegou a dizer ao pai que Pimenta queria casar-se com ela. "Ele quer casar comigo mas nem me apresentou às filhas dele", contou o pai. Segundo o depoente, no início do relacionamento, Sandra gostava de Pimenta, também queria casar-se com ele e ter dois filhos. Mas depois, essa intenção mudou.

O auxiliar de defesa perguntou ao pai de Sandra se ele é vingativo, já que no passado ele teria dito que queria a pena máxima e, se não fosse essa a sentença, ele mataria Pimenta. Gomide respondeu que não pensa mais assim. "Não tenho extinto de matador. Eu só quero justiça", disse.





Fonte: Terra

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