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Cientistas descobrem novas formas de vida no Atlântico
Cientistas de vários países descobriram de dez a 20 novas espécies de pequenas criaturas que vivem nas profundezas do Atlântico. A descoberta foi feita durante uma pesquisa cujo objetivo era determinar se o aquecimento da Terra representa uma ameaça para a vida nos oceanos, afirmou um relatório divulgado na quinta-feira.
O estudo — realizado em águas tropicais entre o leste dos Estados Unidos e a cadeia do meio-Atlântico — usou redes especiais para apanhar pequenos integrantes de zooplâncton, animais como camarões, águas-vivas e vermes marinhos, a profundidades de um a cinco quilômetros, onde a luz do Sol não penetra.
"Essa foi uma viagem de exploração. É difícil recolher amostras das partes mais profundas dos oceanos", disse Peter Wiebe, líder da expedição científica e membro do Instituto Oceanográfico Woods Hole, dos EUA.
"Encontramos, talvez, entre dez e 20 novas espécies do zooplâncton", afirmou. A viagem, da qual participaram 28 cientistas de 14 países, durou 20 dias e aconteceu em abril.
A maior parte dos seres vivos, incluindo os peixes apanhados comercialmente, habita o primeiro quilômetro de profundidade. Mas os cientistas disseram que a pesquisa revelou uma abundância de vida surpreendente mesmo nas maiores profundidades.
O projeto oferecerá padrões para avaliar futuras mudanças nos oceanos. Entre as novas espécies descobertas há seis tipos de ostracóide (uma criatura parecida com um camarão) e outras espécies de zooplâncton, como vermes e lesmas marinhas.
Os animais pertencentes ao zooplâncton são carregados pelas correntes oceânicas e a maior parte deles possui apenas alguns milímetros de comprimento.
Entre os 120 tipos de peixe apanhados durante a excursão, os cientistas encontraram o que pode ser um novo tipo de peixe-dragão negro, com até 40 centímetros e dentes em forma de presa, e um grande "engolidor", de 20 centímetros de comprimento, com uma mandíbula ampla e um órgão produtor de luz usado para caçar.
"Até 2010, a pesquisa fornecerá um padrão com o qual futuras gerações poderão avaliar as mudanças no zooplâncton e em sua distribuição territorial provocadas pela poluição, pela pesca predatória, por mudanças climáticas e por outros fatores", disse Ann Bucklin, da Universidade de Connecticut.
AQUECIMENTO GLOBAL
A maior parte dos cientistas acredita que o planeta está esquentando devido ao acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera. Esse gás advém principalmente da queima de combustíveis fósseis em usinas de força, veículos e fábricas desde a Revolução Industrial.
Os oceanos absorvem grandes quantidades de dióxido de carbono, mas o processo eleva o nível de ácido carbônico na água. Essa concentração pode representar uma ameaça para a vida animal, dificultando, por exemplo, a formação de conchas por ostras e caranguejos.
Os animais do zooplâncton são fundamentais para o transporte do dióxido de carbono até as profundezas porque podem subir e descer cerca de 500 metros diariamente. Muitas espécies comem, todos os dias, seu próprio peso em plantas do fitoplâncton, que ficam perto da superfície.
A expedição científica foi custeada pela Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos EUA, e utilizou-se do navio Ronald H. Brown, da NOAA. As descobertas fazem parte do Censo da Vida Marinha, que tenta mapear os oceanos.
Cientistas de Argentina, Austrália, Grã-Bretanha, Canadá, China, Alemanha, Índia, Japão, México, Noruega, Espanha, Suíça, Turquia e EUA participaram da expedição.
O estudo — realizado em águas tropicais entre o leste dos Estados Unidos e a cadeia do meio-Atlântico — usou redes especiais para apanhar pequenos integrantes de zooplâncton, animais como camarões, águas-vivas e vermes marinhos, a profundidades de um a cinco quilômetros, onde a luz do Sol não penetra.
"Essa foi uma viagem de exploração. É difícil recolher amostras das partes mais profundas dos oceanos", disse Peter Wiebe, líder da expedição científica e membro do Instituto Oceanográfico Woods Hole, dos EUA.
"Encontramos, talvez, entre dez e 20 novas espécies do zooplâncton", afirmou. A viagem, da qual participaram 28 cientistas de 14 países, durou 20 dias e aconteceu em abril.
A maior parte dos seres vivos, incluindo os peixes apanhados comercialmente, habita o primeiro quilômetro de profundidade. Mas os cientistas disseram que a pesquisa revelou uma abundância de vida surpreendente mesmo nas maiores profundidades.
O projeto oferecerá padrões para avaliar futuras mudanças nos oceanos. Entre as novas espécies descobertas há seis tipos de ostracóide (uma criatura parecida com um camarão) e outras espécies de zooplâncton, como vermes e lesmas marinhas.
Os animais pertencentes ao zooplâncton são carregados pelas correntes oceânicas e a maior parte deles possui apenas alguns milímetros de comprimento.
Entre os 120 tipos de peixe apanhados durante a excursão, os cientistas encontraram o que pode ser um novo tipo de peixe-dragão negro, com até 40 centímetros e dentes em forma de presa, e um grande "engolidor", de 20 centímetros de comprimento, com uma mandíbula ampla e um órgão produtor de luz usado para caçar.
"Até 2010, a pesquisa fornecerá um padrão com o qual futuras gerações poderão avaliar as mudanças no zooplâncton e em sua distribuição territorial provocadas pela poluição, pela pesca predatória, por mudanças climáticas e por outros fatores", disse Ann Bucklin, da Universidade de Connecticut.
AQUECIMENTO GLOBAL
A maior parte dos cientistas acredita que o planeta está esquentando devido ao acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera. Esse gás advém principalmente da queima de combustíveis fósseis em usinas de força, veículos e fábricas desde a Revolução Industrial.
Os oceanos absorvem grandes quantidades de dióxido de carbono, mas o processo eleva o nível de ácido carbônico na água. Essa concentração pode representar uma ameaça para a vida animal, dificultando, por exemplo, a formação de conchas por ostras e caranguejos.
Os animais do zooplâncton são fundamentais para o transporte do dióxido de carbono até as profundezas porque podem subir e descer cerca de 500 metros diariamente. Muitas espécies comem, todos os dias, seu próprio peso em plantas do fitoplâncton, que ficam perto da superfície.
A expedição científica foi custeada pela Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos EUA, e utilizou-se do navio Ronald H. Brown, da NOAA. As descobertas fazem parte do Censo da Vida Marinha, que tenta mapear os oceanos.
Cientistas de Argentina, Austrália, Grã-Bretanha, Canadá, China, Alemanha, Índia, Japão, México, Noruega, Espanha, Suíça, Turquia e EUA participaram da expedição.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/303118/visualizar/
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