Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Sexta - 25 de Janeiro de 2013 às 13:52
Por: Gabriela Galvão

    Imprimir


Rodinei Crescêncio/RDNews
Deputado Júlio Campos se diz
Deputado Júlio Campos se diz "tranquilo"
Acusado de suposto envolvimento em dois homicídios pelo Ministério Publico Federal de São Paulo, o deputado federal Júlio Campos (DEM) afirmou, em entrevista ao RDNews nesta sexta (25), estar extremamente tranquilo, pois “quem não deve, não teme”. Enquanto isso, seu advogado Paulo Fabrinny Medeiro, argumentou que a denúncia feita ao Supremo Tribunal Federal (STF) não passa de uma tentativa da promotoria de se promover.

Segundo Fabrinny, não há nenhum elemento nos autos que provem o envolvimento do democrata. “Absolutamente infundada. É só pela repercussão por ele ser deputado federal, ex-governador e ex-senador. Com o julgamento do Mensalão, mais um deputado denunciado é um prato cheio para ganhar visibilidade”, disparou.

Na denúncia feita nesta quinta (24), o MPF acusou Júlio Campos de participação nos assassinatos do empresário Antônio Ribeiro Filho e do geólogo Ladislau Haraly, ocorridos em São Paulo, em 2004. Conforme o MP, o deputado teria sido o mandante dos crimes, com o intuito de se apropriar de terras com incidência de pedras preciosas no Estado.

O advogado, por sua vez, afirmou que o democrata sequer conhecia Ladislau: “nunca viu mais gordo na vida”. Já em relação a Antônio Ribeiro, destacou que ambos eram amigos e que Júlio mantém contato até hoje com a família. “Alguém seria amigo dele se tivesse mandado matar o empresário?”, questionou.

Quanto às terras, o jurista sustentou que estão localizadas num Parque Federal e Estadual, onde não pode haver exploração, sendo que o próprio deputado fez a doação da área. “Esses dois tinham problema no Mato Grosso do Sul. Brigaram com o proprietário de uma área com mina de ferro e requereram o direito de lavra. Os assassinos são do Mato Grosso do Sul e a culpa é do Júlio Campos”, ironizou.

Fabrinny também desqualificou a acusação desde o início do inquérito. Ele disparou que o advogado que envolveu o deputado na denúncia, sabia que Júlio era amigo de Antônio Ribeiro e o citou como possível mandante do crime para poder extorqui-lo. Além disso, declarou que um delegado que atuava nas investigações foi afastado por corrupção e o outro era usuário de drogas e se suicidou.

Por fim, o jurista disse que o fato da denúncia estar nas mãos do ministro Marco Aurélio de Mello, é um conforto, pelo mesmo ser um legalista. Ele lembrou ainda que o próprio ministro já concedeu um habeas corpus impedindo a quebra de sigilo bancário e telefônico do deputado, no mesmo caso, por não ver indícios de seu envolvimento. O inquérito ao qual foi oferecida a denúncia tramita no STF desde abril de 2011, devido ao foro privilegiado de Júlio. Se acatada pelo ministro, o democrata se torna réu em ação penal. Caso contrário, será definitivamente inocentado da acusação.





Fonte: RDNEWS

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/30312/visualizar/