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Agronegócios
Quarta - 03 de Maio de 2006 às 13:22

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Brasília, 3 - O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Jacinto Ferreira, afirmou hoje que o governo gastará R$ 150 milhões na compra direta de grãos durante o mês de maio. Serão adquiridos lotes de arroz, feijão e milho. Mas essas operações dependem da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao orçamento.

Ao divulgar hoje uma nova estimativa para a safra 2005/06, Ferreira citou o aumento de 10,6% na produtividade das lavouras de milho de verão. O rendimento subiu de 3.026 quilos/hectare na safra 2004/05 para 3.347 kg/ha na safra atual. A produtividade nas lavouras de milho safrinha cresceu mais: 21,3%, saltando de 2.419 kg/ha para 2.935 kg/ha na safra 2005/06.

"Para o milho de inverno houve a recuperação da produtividade, mas não um aumento da área plantada", disse Ferreira. O levantamento divulgado hoje foi realizado entre os dia 17 e 20 de abril e indicou produção de 121,1 milhões de toneladas. A safra deste ano é a segunda maior do País em todos os tempos, atrás apenas da colheita de 123,2 milhões de t na safra 2002/03.

O presidente da Conab acrescentou, ainda, o aumento da produtividade das lavouras de soja, que teve incremento de 12,6%, de 2.208 kg/ha para 2.486 kg/ha.

Questionado sobre as manifestações de agricultores no Centro-Oeste do País, com bloqueio de estradas, Ferreira disse que o governo tomou algumas medidas para minimizar a crise. Ele citou a prorrogação de dívidas e a liberação de recursos para apoiar a comercialização, medidas que foram anunciadas no mês passado pelo Ministério da Agricultura. "Essas medidas devem trazer alguma recuperação de preço, mas não estamos confortáveis para dizer que estamos tranqüilos".

Ele salientou que o câmbio é "uma mão dupla", pois reduz o rendimento dos produtores, quando o dólar em queda barateia as exportações, mas que favorece os agricultores na compra de insumos.

A estimativa da Conab mostra que os estoques de passagem de milho são de 4,669 milhões de t. Os estoques de arroz são estimados em 1,270 milhão de t. "O estoque de passagem será significativo para o milho. O governo terá de intervir nos mercados de arroz, milho e no trigo", comentou.





Fonte: Agência Estado

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