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Economia
Quarta - 03 de Maio de 2006 às 09:17

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Cento e vinte e cinco propriedades localizadas em 34 cidades mato-grossenses foram escolhidas para passarem pelo teste de sorologia para provar a ausência da atividade viral para a febre aftosa. A condição imposta pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) será posta em prática durante o mês de junho e tem o objetivo de restabelecer o status sanitário do Estado de área livre da doença com vacinação, perdido após as confirmações de focos no Paraná, de outubro do ano passado a fevereiro deste ano.

De acordo com as autoridades sanitárias mato-grossenses, o teste, ao comprovar a ausência do vírus, “servirá de reforço ao currículo estadual para que a União Européia reconheça o status único em Mato Grosso e habilite os outros 50% do Estado até então impedidos de exportar carne bovina àqueles países”.

A sorologia pode ser definida como uma verdadeira prova dos nove para atestar a sanidade das mais de 26,80 milhões de cabeças no Estado. “Estamos tranqüilos com relação aos testes e sabemos que ele só irá referendar a nossa condição”, aponta o superintendente Federal de Agricultura em Mato Grosso, Paulo Bilego.

Mato Grosso está há dez anos sem registrar foco de aftosa. O último caso ocorreu em Terra Nova do Norte (648 quilômetros ao Norte de Cuiabá), em janeiro de 1996.

Os testes já estão sendo realizados em Goiás, Distrito Federal, Tocantins e parte de Minas Gerais. O retardo na coleta de sangue em Mato Grosso é fruto da diferença na composição do calendário vacinal mato-grossense em relação ao restante do País. “Apenas Mato Grosso e Rio Grande do Sul adotam três etapas de vacinação contra aftosa por ano, ou seja, imunizando em fevereiro, maio e novembro. Para o teste é necessário que haja um intervalo de 120 dias da última vacina ao dia da coleta de material. Por isso vamos iniciar a sorologia em junho”, explica o presidente do Instituto Nacional de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), Décio Coutinho. As etapas de imunização são adotadas desde 1996 no Estado.

Coutinho destaca que não há nenhuma previsão para divulgação dos resultados da OIE, mas antecipa que “o desempenho ruim de algum estado que integra o Circuito Pecuário do Centro-Oeste -- onde está inserido Mato Grosso --, por exemplo, com resultado positivo à atividade viral, não deverá comprometer o estado que revelar reação negativa ao vírus”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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