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Polícia Brasil
Quarta - 03 de Maio de 2006 às 09:07

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O Ministério Público Estadual (MPE) arrolou três testemunhas de acusação contra o bicheiro João Arcanjo Ribeiro na chacina que vitimou Leandro Gomes dos Santos, Celso Borges e Mauro Celso Ventura de Moraes. O crime ocorreu em junho de 2001 no bairro São Mateus, em Várzea Grande. A audiência está marcada para o dia 8 na 1a Vara Criminal de Várzea Grande.

Entre as testemunhas está um policial militar, a namorada de Leandro, Deiseane Alves Câmara, e o pai de uma das vítimas. Na época do assassinato, os pais dos três rapazes se negaram a fazer o reconhecimento formal e eles acabaram enterrados como indigentes. A negativa chamou a atenção de policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A identificação por parte dos policiais ocorreu porque dias antes os pais tinham registrado queixa de desaparecimento e as aparências físicas eram semelhantes. Uma das expectativas do MPE é que esse pai confirme que o garoto tenha sido assassinado a mando do bicheiro. Deisiane, no entanto, não será ouvida. Os oficiais de Justiça não conseguiram localizá-la. Com isso, o depoimento se limitará a duas testemunhas.

Na audiência, Arcanjo negou que tenha sido o mandante dos assassinatos. Durante o interrogatório, realizado no dia 31 de março, pela juíza da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, Maria Erotides Macedo, Arcanjo negou inclusive que fosse dono de banca de jogo na região da avenida dos Trabalhadores na época.

Disse que não conhece os demais envolvidos no crime, exceto seu ex-cobrador, João Leite, com quem alegou nunca ter mantido relação próxima. Ainda são acusado como executores da chacina os ex-policiais militares Hércules Agostinho e Célio Alves.

A tese da defesa de Arcanjo para inocentá-lo da chacina baseia-se no depoimento feito à polícia por Deiseane. Sua versão levantava a suspeita de que o dono de uma lanchonete que funcionava na região seria o responsável pelas mortes. Para o advogado do bicheiro, Zaid Arbid, o depoimento não recebeu o devido valor durante a investigação policial. (AR)





Fonte: Diário de Cuiabá

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