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Polícia Brasil
Quarta - 03 de Maio de 2006 às 09:01
Por: Aline Chagas

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O senador Antero Paes de Barros (PSDB) garantiu ontem nunca ter feito empréstimos com as factorings de João Arcanjo Ribeiro, nunca ter recebido qualquer auxílio do bicheiro para campanhas e nunca ter autorizado qualquer pessoa a ir até as factorings em seu nome. Antero desafiou qualquer pessoa a apresentar provas da realização do empréstimo para a campanha dele em 2002.

“Admito que estive na fazenda de Arcanjo em 1999 com empresários de piscicultura, mas em nenhum momento conversamos sobre dinheiro. Até me aconselharam a mentir que fui conhecer a fazenda de Arcanjo, mas percebi que não tinha sentido fazer isso, já que em 1999 sequer houve eleição”, disse Antero.

Para o senador, Arcanjo se contradiz nas respostas. Segundo o senador, o depoimento de Nilson Teixeira à Justiça em 2005 desmente as afirmações do bicheiro. “Nilson falou que não é verdade que tenha feito qualquer doação à minha campanha e que nunca foi realizado qualquer empréstimo para mim nas factorings de João Arcanjo”, afirmou o senador.

Ontem à tarde, ao discursar na tribuna do Senado, Antero autorizou a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico desde 1953, ano de seu nascimento, para provar que nunca recebeu qualquer empréstimo de Arcanjo.

O senador afirmou que não teria sentido ter atuado de forma tão firme contra o crime organizado se tivesse envolvimento com qualquer situação irregular. “Não me lembro de qualquer político de Mato Grosso que tenha combatido mais o crime organizado do que eu. Talvez existam pessoas que combateram na mesma medida”, disse o senador.

Para Antero, as afirmações de Arcanjo são uma forma de atingi-lo por causa das denúncias feitas para o Ministério Público Federal sobre as ligações de Arcanjo com o crime organizado e por causa do documento encaminhado recentemente ao procurador de Nova York relatando a situação e ações de Arcanjo aqui no Estado.

“Prestem atenção. Percebam que as famílias do réu preso (Arcanjo) serão beneficiadas e que bens serão liberados para o uso do réu, como o exemplo do jato que foi reformado recentemente. Prestem atenção no meu relatório da CPI do Banestado. Nunca apresentei uma denúncia sobre o qual não tivesse todas as provas”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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