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Internacional
Segunda - 01 de Maio de 2006 às 07:30

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Milhões de pessoas devem faltar ao trabalho ou à escola, além de evitar gastar dinheiro, num esforço para mostrar o quanto os imigrantes são importantes para a economia americana.

O protesto, chamado “Um dia sem imigrantes”, espera ainda reunir passeatas com até meio milhão de pessoas em Los Angeles, Nova York, na Filadélfia e em outros Estados do sul do país.

As manifestações ocorrem enquanto o Congresso discute um projeto que prevê punições mais duras para imigrantes ilegais e seus empregadores.

Cerca de 11,5 milhões de imigrantes ilegais vivem nos Estados Unidos, em sua maioria entrando no país pela fronteira com o México. Os manifestantes pedem a legalização desses imigrantes.

Comparação

Algumas pessoas temem que protestos gerem reação contrária Alguns analistas dizem que o crescente movimento de imigrantes – cuja força foi mostrada em protestos nacionais no mês passado – pode ser comparado com os protestos pelos direitos civis dos anos 1960 e 1970.

Apesar disso, os líderes latinos dizem que o tamanho do protesto desta segunda-feira é difícil de ser previsto.

Algumas pessoas devem trabalhar, mas não comprarão nada. Outros participarão de protestos durante seus horários de almoço. Há ainda planos para serviços religiosos especiais, vigílias, piqueniques e correntes humanas.

Mas existe também o temor de que a ação possa gerar uma reação contrária, e algumas pessoas já questionam quantas pessoas realmente participarão do boicote.

O protesto também deve se espalhar para o México e outros países latino-americanos, onde têm sido planejados boicotes a produtos americanos por um dia.

Divisões

O boicote ocorre em meio às divisões no Congresso americano em relação ao projeto de reforma das leis de imigração.

Deputados de direita acreditam que muita ênfase foi colocada nos planos para dar cidadania aos imigrantes ilegais, sem a atenção à aplicação das leis atuais.

Um projeto bipartidário atualmente no Senado prevê o reforço na segurança de fronteira, mas também abre a possibilidade de os imigrantes ilegais conseguirem a cidadania e estabelece um programa de recepção de trabalhadores estrangeiros defendido há tempos pelo presidente George W. Bush.

A correspondente da BBC em Washington Sarah Morris diz que o impacto econômico do protesto deve ser sentido, mas que será mais difícil conseguir abrandar a posição dos grupos contra a imigração.





Fonte: BBC Brasil

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