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Internacional
Domingo - 30 de Abril de 2006 às 22:30

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A polícia afegã encontrou neste domingo o corpo decapitado do engenheiro indiano que havia sido seqüestrado, na sexta-feira, no sul do Afeganistão pelos rebeldes talibãs, aumentando para três o número de cidadãos deste país a morrer nestas circunstâncias em menos de seis meses.

Um porta-voz dos rebeldes foi o primeiro a anunciar a morte de Surya Narain, que foi seqüestrado no distrito de Sharjoy, na província de Zabul (sul), por volta das 17h locais de sexta-feira, quando viajava pela estrada que liga Cabul a Kandahar. "Esta manhã, o engenheiro indiano, que estava em um quarto com um guarda, lhe atacou e escapou. Quando ele saía do recinto outros mujahedines o mataram", declarou por telefone Yusuf Ahmadi, porta-voz dos talibãs.

"O conselho da direção dos talibãs lamenta o incidente. Sentimos o acontecido, o conselho da direção havia decidido prolongar o ultimato por mais 24 horas para que a parte indiana fizesse algum gesto para levar adiante uma negociação", frisou Ahmadi. Mais tarde, um alto responsável do ministério do Interior confirmou a informação, mas negou a versão dada pelos talibãs. "Seu corpo foi encontrado decapitado em uma área chamada Hassan Karez, o que deixa claro que não foi um acidente, como afirmam os talibãs", declarou a fonte, que pediu anonimato. Em Nova Délhi, o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh, condenou o assassinato. Singh classificou a morte do indiano como um ato desumano, explicou o porta-voz Sanjaya Baru. "O primeiro-ministro demonstrou sua pena e dor com a morte de Surya Narayan", acrescentou Baru. Casado e pai de três filhos, o engenheiro indiano trabalhava para uma empresa terceirizada da principal companhia de telefonia móvel do país, Roshan. Os talibãs exigiam, em troca da libertação do refém, que todas as companhias indianas e cidadãos indianos, que estão instalados no Afeganistão, começassem os preparativos para abandonar o país antes das 18h00 de domingo (10h Brasília). O governo indiano havia decidido enviar uma equipe de especialistas em negociações para a libertação de reféns, mas segundo a embaixada da Índia em Cabul os talibãs não contataram a delegação. Os seqüestros realizados por rebeldes talibãs ou por grupos de criminosos são muito comuns no Afeganistão, sobretudo no sul e no leste do país, regiões que estão fora de controle do Governo de Cabul e das tropas internacionais presentes no país.




Fonte: EFE

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