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Internacional
Domingo - 30 de Abril de 2006 às 14:00

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O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, está disposto a continuar no cargo e conta com o apoio do presidente Jacques Chirac, apesar dos pedidos de renúncia que se generalizam na oposição e da ameaça dos juízes que averiguam o escândalo Clearstream.



Espera-se a realização de uma busca em Matignon, residência do primeiro-ministro, ou um interrogatório para que se esclareça seu papel na montagem que tentou envolver personalidades políticas, entre elas o atual ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, com a cobrança de comissões ilegais de contratos de armas por meio da sociedade Clearstream.

Em declarações publicadas na edição de hoje do jornal Le Parisien, Chirac afirma que a hipótese de um abandono de Villepin "não tem fundamento" e que "o presidente quer agora que todo mundo se ponha a trabalhar", apesar da crise causada pelas revelações do general dos serviços secretos Philippe Rondot no caso Clearstream.

Como várias outras autoridades da maioria de direita, um ministro que permanece no anonimato reivindica uma mudança na liderança do governo.

"A autoridade de Villepin já tinha sofrido muito com a crise do Contrato de Primeiro Emprego. Com o Clearstream, a suspeita perdurará haja o que houver. Se não acontecer nada em breve, o último ano do qüinqüênio (da legislatura) corre o risco de ser uma Via-Sacra para toda a maioria", afirma o ministro ao Le Parisien.

De início, Villepin se mostrou disposto a colaborar com a Justiça, mas alertou que um eventual interrogatório ou uma busca em Matignon não têm por que obrigá-lo a renunciar a seu cargo, já que o premier diz não ter nada a esconder.




Fonte: EFE

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