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Internacional
Sábado - 29 de Abril de 2006 às 17:25

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, denunciou hoje planos terroristas da Al Qaeda no Iraque, e prometeu continuar sua guerra contra os "cruzados" neste país e em todo o Oriente Médio.

Durante sua mensagem à nação transmitida no rádio aos sábados, Bush reafirmou seu "pleno apoio" ao novo Governo iraquiano, e disse que, apesar de todos os progressos alcançados, "mais dias de luta e sacrifício" são esperados no Iraque.

"Estamos muito impressionados com o compromisso dos líderes iraquianos em manter a unidade de seu país e representar seu povo de forma eficaz", disse o presidente, cujos índices de popularidade caíram consideravelmente nos EUA por causa da guerra no Iraque.

As últimas pesquisas indicam que a popularidade de Bush está abaixo de 40%, desgaste com o qual também contribuem os preços da gasolina, que estão acima de US$ 3 por galão (3,78 litros).

O presidente mencionou os planos de desestabilização da rede terrorista Al Qaeda no Iraque e em todo o Oriente Médio.

Bush declarou que o inimigo realiza "atos desesperados de violência" em território iraquiano porque sabe que a concretização da democracia será uma dupla derrota para eles.

O presidente americano garantiu que a formação do novo Governo de Bagdá marca o início de uma nova etapa na participação dos EUA na democratização iraquiana.

Na opinião de Bush, os terroristas reconhecem a ameaça representada pelo novo Governo de unidade no Iraque.

Esta semana, uma gravação em vídeo divulgada em site mostrou uma mensagem do homem mais procurado do Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, na qual reitera sua decisão de lutar contra os "cruzados".

No vídeo, Al-Zarqawi encorajou os combatentes do Iraque a continuarem com sua "guerra santa", ameaçou os grupos insurgentes que pensarem em declarar uma trégua, e lembrou sua obediência ao líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.

Bush falou hoje sobre os planos terroristas um dia depois que o "número dois" da Al Qaeda, Ayman Al-Zawahiri, disse em outra mensagem de vídeo que sua organização prejudicou a estratégia dos EUA no Iraque, na terceira aparição de líderes terroristas em uma semana.

Para o inquilino da Casa Branca, as aparições mostram a fraqueza dos terroristas.

O presidente dos EUA disse que Al-Zarqawi "foi pego com a guarda baixa pelo novo Governo (iraquiano), que será muito forte na representação de todos os iraquianos".

Como uma mostra de seu apoio às novas autoridades iraquianas, Bush enviou esta semana a Bagdá o chefe do Pentágono, Donald Rumsfeld, e a secretária de Estado, Condoleezza Rice.

Os dois elogiaram os novos líderes políticos do Iraque e pediram que a formação de um Governo no qual estejam representados todos os iraquianos.

Rice e Rumsfeld, que chegaram na quarta-feira ao Iraque para apoiar o processo de formação do Governo, disseram que "todos os líderes iraquianos estão conscientes dos desafios que têm que enfrentar, e que o povo do Iraque espera que o (futuro) Governo seja capaz de enfrentar os desafios".

Bush lembrou hoje que os líderes do Iraque encaram grandes desafios, incluindo a melhora da infra-estrutura danificada e uma luta aberta contra a violência e a corrupção.

O presidente americano disse que ajudar os iraquianos a construir a democracia contribuirá para a liberdade no Oriente Médio e tornará os Estados Unidos e o resto do mundo mais seguro.




Fonte: EFE

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