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Nacional
Sábado - 29 de Abril de 2006 às 17:00

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O PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ter aprovado hoje uma estratégia de alianças com quase todas as outras organizações políticas do país para as eleições deste ano.

O plenário do 13º "Encontro Nacional" do PT, que acontece neste fim de semana em São Paulo, aprovou uma emenda proposta pelo próprio Lula "permitindo conversas abertas com todos os partidos aliados ao Governo".

As coalizões a escala nacional e em cada um dos estados e municípios "serão baseadas exclusivamente em compromissos programáticos e participação dos Governos", segundo o documento.

Esta decisão dá ao PT uma ampla margem de manobra para se associar a partidos de esquerda, centro e direita.

Os únicos que ficam fora do mercado de alianças são o PSDB e o PFL.

Entre os 1.200 delegados do PT que participam do encontro prosperou a tese dos mais moderados, frente à uma corrente de esquerda que propunha restrições a alianças com partidos de direita e de centro.

Em outubro, mais de cem milhões de brasileiros elegerão presidente, governadores, deputados e senadores do Congresso.

Lula é o favorito para vencer as presidenciais, contra o atual governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, candidato do PSDB.

No documento o PT reafirma que em 2006 espera vencer as eleições e para um segundo mandato necessitará "de uma governabilidade de todo tipo", que representa "uma combinação adequada entre a força parlamentar", e presença nos Governos de estados e municipais, entre outros pontos.

"Essa governabilidade começa a ser construída obviamente", afirma o texto.

O PT adotou um tom moderado "de centro" desde que Lula assumiu o poder e formou uma coalizão sem reparos ideológicos.

Seus dissidentes afirmam que a organização chegou a fazer "alianças imorais" com a direita, e que manteve uma política econômica neoliberal que beneficia os capitais financeiros, e é uma continuidade da de Fernando Henrique Cardoso.

O encontro também designou hoje o presidente do partido, Ricardo Berzoini como coordenador geral da campanha eleitoral e articulador das alianças.

"Considerando toda a diversidade política do Brasil e o fato de que as instituições partidárias brasileiras não são homogêneas, não há razão para fazer restrições e distinções que possam prejudicar as alianças", disse Berzoini.

Lula discursou ontem no primeiro dia do encontro nacional, e embora tenha dito que não decidiu se será o candidato do PT, ninguém na organização duvida na nova candidatura do ex-líder operário.

O presidente e o vice-presidente, José Alencar, um empresário de direita, foram aclamados pelos delegados ao encontro, que terminará amanhã.




Fonte: EFE

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