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Internacional
Sábado - 29 de Abril de 2006 às 15:50

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Ramzan Kadyrov, o chefe do governo pró-Moscou da instável província da Chechênia, desmantelou seu serviço de segurança neste sábado, informaram agências de notícias russas.

Órgãos de direitos humanos acusaram o serviço de segurança de Kadyrov de violações de direitos humanos.

Conhecido como "Kadyrovtsy", o exército irregular de milhares de ex-rebeldes que lutaram contra as tropas federais pela independência da pequena república do norte do Cáucaso foi fundamental no apoio a Kadyrov, cujo pai, Akhmad, foi presidente da Chechênia até ser assassinado, em 2004.

Ativistas de direitos humanos que trabalham na Chechênia dizem que os Kadyrovtsy abusavam de seu poder para neutralizar quaisquer rivais de Kadyrov.

Eles acusaram várias vezes a guarda pessoal de Kadyrov de praticar sequestros, assassinatos e tortura para fortalecer seu governo.

"Estas estruturas não existem mais, e aqueles que se chamarem ''Kadyrovtsy'' são impostores e devem ser punidos de acordo com a lei", disse Kadyrov em um programa de televisão na Chechênia.

"Dois batalhões de soldados do Ministério do Interior, com codinomes Norte e Sul, foram formados por estes combatentes. Eles têm os seus próprios comandantes e generais, e a partir de agora não têm nada a ver com Kadyrov."

Kadyrov é tratado como celebridade pela complacente imprensa da Chechênia, e cada um de seus movimentos aparece em reportagens da televisão local.

Quando seu primeiro filho nasceu, em novembro, a região ganhou um feriado público, marcado por saudações de tiros de metralhadora durante toda a noite, que deixaram os civis assustados.





Fonte: Reuters

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