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Cidades/Geral
Sábado - 29 de Abril de 2006 às 10:47

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Prefeitos e produtores rurais da região Norte do Estado deram o prazo de três dias – até a segunda-feira (8) – para que o Ministério da Agricultura atenda às reivindicações do movimento intitulado “Grito do Ipiranga”

A decisão foi tomada ontem, em Lucas do Rio Verde, durante reunião entre o segmento e o técnico coordenador de Política do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, na Prefeitura Municipal.

Também ficou acertado que serão concedidos dois anos de carência para a renegociação dos investimentos feitos pelos produtores. A reivindicação partiu dos representantes dos municípios situados ao longo da BR-163, principalmente de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso, Sinop e Tapurah. Eles também obtiveram a garantia de que terão mais cinco anos para quitar o custeio.

Em relação à taxa de juros, ficou definido que os juros definidos de acordo com os índices de inflação.

Na ocasião, o representante do Ministério da Agricultura recebeu ainda o apelo para que fosse estabelecido um preço mínimo para a venda da produção; desoneração dos insumos agrícolas, genéricos e transgênicos; AGF dos produtores por CPF, sendo proposto 20 mil sacas de soja; redução dos preços dos combustíveis e conclusão da BR-163.

Conforme os produtores, as manifestações na BR-163 não vão cessar enquanto as reivindicações não forem atendidas. Desde a última semana, eles impedem o escoamento da produção e o tráfego de veículos transportando insumos agrícolas.

O delegado da Polícia Federal, Dennis Calai, também participou de parte da reunião. Ele foi à região com o objetivo de cumprir a liminar expedida pelo juiz da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, que prevê o desbloqueio da BR-163.

Contudo, não foi necessária a intervenção da PF. Os produtores marcaram uma audiência com o juiz Julier, agendada para a próxima terça-feira (9), em Cuiabá.

O deputado Dilceu Dal´Bosco, também presente na reunião, reforçou que o movimento é pacífico e deve continuar. “Eles [produtores] irão continuar a Manifestação, dando passagem a todos, menos à produção. Na terça-feira tentaremos expor ao juiz o que se está fazendo e que o “Grito do Ipiranda” é ordeiro, que não está sendo bloqueado o “direito de ir e vir”do cidadão. Infelizmente somente desta forma chamaremos a atenção do Governo Federal”, argumentou.





Fonte: Olhar Direto

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