Banco Mundial critica gastos do governo brasileiro e juros altos
Segundo Briscoe, o governo não consegue ser eficiente na gestão da máquina pública.
"Como é que a máquina pública não consegue produzir melhores resultados em saúde, educação, infra-estrutura? Então, por isso, toda a parte que trata da gestão pública, com esse dinheiro, pode dar resultados melhores. É um desafio absolutamente fundamental para o Brasil", disse.
Briscoe enumerou os dois "problemas fundamentais" do país: as "taxas [de juros] muito altas" e o uso que é dado ao dinheiro arrecadado. Destino
"O que se pergunta é em que se usa aquele dinheiro todo, qual é o resultado", questionou Briscoe.
O próprio diretor do Bird arriscou explicações sobre o destino de parte da arrecadação do país, citando uma parcela "relativamente pequena" para o pagamento da dívida externa e uma parte "muito grande" destinada à Previdência Social.
E essa parte que vai para Previdência, conforme disse, "não vai para as pessoas mais pobres". Ele, então, acrescentou: "Uma reforma previdenciária é essencial".
Briscoe disse que o gasto público de muitos outros países, como o México, representa a metade ou menos do que gasta o governo. Financiamento
O diretor do Bird assinou com o governo de Minas contrato de financiamento no valor US$ 170 milhões (R$ 357 milhões), que serão destinados à execução de projetos estruturadores.
A novidade desse financiamento é que o governo mineiro está liberado de apresentar contrapartida em dinheiro.
A contrapartida que o Estado vai ter será melhorar os indicadores sociais, como segurança, saúde, educação e ambiente. Metas para esses indicadores serão definidas.
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