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Internacional
Sexta - 28 de Abril de 2006 às 21:30

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O diretor do escritório da rede "Al Jazira" no Cairo foi libertado após permanecer quase 40 horas detido, acusado de divulgar notícias "falsas" sobre os últimos atentados no Sinai.

A rede televisão, com sede no Qatar, informa hoje em seu site que Hussein Abdelghani, de nacionalidade egípcia, foi libertado ontem à noite, após comparecer à Promotoria de Segurança do Estado e pagar uma fiança de US$ 1.740.

O jornalista foi detido na noite de quarta-feira, na sala do hotel onde estava hospedado, na cidade turística de Dahab, quando cobria o triplo atentado perpetrado na segunda-feira na cidade, que provocou na morte de 12 egípcios e seis estrangeiros. v Além disso, informou sobre os ataques de quarta-feira contra policiais egípcios e soldados da Força Multinacional de Observação (FMO), no norte do Sinai, nos quais morreram seus dois executantes.

Abdelghani, à saída da promotoria, disse que sua detenção havia sido ilegal, já que os agentes de segurança se negaram a se identificar e mostrar mandado de prisão e, além disso, quebraram seu telefone celular e não permitiram que ele se comunicasse com seus parentes, nem com a "Al Jazira".

O funcionário da emissora revelou que a detenção foi feita por três pessoas que se vestiam como civis e o obrigaram a subir em um pequeno ônibus no qual foi levado à cidade turística de Sharm el-Sheikh, no Sinai, e daí, até Cairo.

A "Al Jazira" já havia sido criticada por vários Governos árabes, incluindo os da Jordânia, Kuwait, Arábia Saudita e Barein, por divulgar programas e entrevistas com opositores aos regimes desses Estados.

Também sofreu repreensão, em várias ocasiões, de autoridades americanas por ter divulgado, nos últimos cinco anos, diversas fitas de vídeo de Osama bin Laden, líder da organização terrorista internacional Al Qaeda.

Além disso, a emissora transmitiu gravações de ajudantes de Bin Laden e comunicados de grupos armados iraquianos que haviam seqüestrado estrangeiros ou tinham atacado tropas dos EUA e das Forças de Segurança iraquianas.





Fonte: EFE

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