Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 28 de Abril de 2006 às 09:09

    Imprimir


Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sinop, Sorriso, Tapurah, Diamantino, Comodoro e Campo Novo do Parecis. Este foi o roteiro da viagem dos diretores da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) para acompanhar e garantir apoio ao movimento "Grito do Ipiranga" O presidente da Federação, Homero Alves Pereira e o diretor secretário da entidade, Valdir Correa, durante dois dias, percorreram os municípios do norte e médio norte do Estado. A mensagem é de resistência. Homero Pereira pediu para que os produtores mantenham-se articulados e mobilizados para que o movimento desencadeado no município de Ipiranga do Norte mantenha a dimensão nacional, que está acontecendo.

Por se tratar de um movimento legítimo, surgido da base do setor produtivo - com o apoio dos Sindicatos Rurais e da Famato - diversos segmentos da sociedade civil organizada estão ao lado dos produtores. Rotary, associação Industrial e Comercial, a Igreja, e o Sindicato de Trabalhadores Rurais são algumas das entidades que participaram, em Sorriso do ato público que contou com a participação de, aproximadamente, três mil pessoas na tarde de quarta-feira (26.04). Quase 500 caminhões estavam parados no acostamento. A concentração aconteceu às margens da BR 163 onde os manifestantes prometem permanecer por tempo indeterminado, até que o governo federal se sensibilize em relação aos sérios problemas enfrentados pela sociedade. Uma colheitadeira foi queimada como forma de protesto. Outras máquinas também foram incendiadas nos municípios de Lucas do Rio Verde e Tapurah onde o movimento também bloqueia a rodovia e impede a passagem de caminhões e carretas carregados com a produção.

Para Homero Pereira, o importante é impedir que o produto chegue aos portos pois, somente desta forma o governo vai perceber a importância da agricultura brasileira "O governo federal comemora os números das exportações mas se esquece que somos nós, produtores rurais, os responsáveis por isso. O governo comemora a queda da infração e os produtos baratos nas prateleiras dos supermercados mas se esquece que alguém está pagando por isso e esse alguém é a classe produtora que está entrando em colapso, sem condições de pagar suas contas e muito menos de plantar a próxima safra", afirmou Homero.

O fechamento e as manifestações nas agências bancárias, especialmente, as do Banco do Brasil, também faz parte da estratégia do movimento. Em Sinop (500 km ao norte da Capital) quatro agências foram fechadas temporariamente. Liminares concedidas pela Justiça Federal determinaram a reabertura dos bancos, mas os manifestantes permaneceram em frente às agencias em plena manifestação. Três presidentes de sindicatos foram notificados, mas Homero Pereira lembrou que o movimento não é dos sindicatos, mas sim, da classe produtora, por isso, eles não deveriam ter sido citados. Ele orientou os sindicatos a ficarem atentos e colocou a assessoria Jurídica da Federação a disposição do movimento.

RESISTÊNCIA - Ao falar com os produtores em Nova Mutum (264 km de Cuiabá), Homero solicitou resistência dos produtores."Se for preciso nós levaremos este movimento até as eleições. Se o governo não atender nossas reivindicações, uma coisa nós iremos conseguir: causar constrangimento ao presidente da República que optou pelo sistema financeiro em detrimento da classe produtiva brasileira" afirmou.

A previsão da Famato é de que o movimento "Grito do Ipiranga" extrapole as fronteiras do Estado e ganhe dimensões nacionais. Segundo Homero Pereira, produtores, sindicatos e federações de outros estados brasileiros mantiveram contatos com ele demonstrando apoio e interesse em aderir ao movimento.

Enquanto isso, pelo interior do Estado o movimento se espalha. Outros dois importantes municípios dão início as manifestações nesta sexta-feira (28.04): Alta Floresta e Campo Novo do Parecís, onde a partir do meio dia, cerca de 300 produtores irão interditar a MT 170. As mulheres realizam um panelaço na cidade, na semana que vem. O produtores da região sul, de Rondonópolis também aderem a partir da próxima semana.





Fonte: Da Assessoria

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/304264/visualizar/