Mãe de garoto assassinado em Rondonópolis quer pena máxima para tenente

Ele sabe o que fez, não sei porque agora fica inventando tudo isso aí”. Assim a mãe do garoto Nilson Pedro da Silva, Maria Aparecida Silva, reagiu às negativas feitas pelo tenente Denis Coutinho no julgamento que pode determinar a prisão dele por co-autoria no crime. O julgamento começou hoje de manhã no plenário da Câmara Municipal e não há prazo para ser concluído.

Dona Maria, o esposo, José Vital Martins Ferreira, e outros membros da família estão acompanhando tudo e torcendo pela condenação do policial.

“Esperamos que ele pegue uma pena pesada, pelo menos 30 anos de prisão. Se isso não acontecer, é porque não existe mais Justiça neste mundo”, afirma a mãe do garoto assassinado.

O maior temor da família é de que se repita agora a mesma situação ocorrida no julgamento do soldado Evandro César Rodrigues, autor do disparo fatal que atingiu a cabeça do garoto. Evandro foi a julgamento em outubro de 2004 e foi condenado a 14 anos e oito meses de prisão, pena que a família considera leve.

“Ele matou um garoto inocente, desarmado e diante das câmeras de televisão. Diante disso achamos que a punição imposta pela Justiça foi leve demais”, reclamou dona Maria.

Nilson Pedro da Silva completaria 20 anos em 2006. A mãe dele, que tem outros dois filhos, ainda não se recuperou do trauma e diz que sua vida mudou para sempre.

“Sinto uma dor enorme pela ausência do meu filho. Tem sido muito difícil para todos nós e não desejo para ninguém o que tenho passado desde aquele dia”, declarou.