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Internacional
Quinta - 27 de Abril de 2006 às 17:14

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Um dia depois do fim do conflito entre um empreendedor e proprietários de terra, escavadeiras deram início na quinta-feira à construção da Freedom Tower (Torre da Liberdade), o arranha-céu que simbolizará a recuperação de Nova York após os ataques de 11 de setembro de 2001.

As obras, no local onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center, começaram 4 anos e meio depois da destruição dos arranha-céus originais por aviões sequestrados.

A nova torre, de 540 metros de altura, será uma das mais altas do mundo. "Vamos nos elevar a novas alturas e reconquistar o paisagem de Nova York", disse o governador de Nova York, George Pataki.

O projeto foi vítima de atrasos devido a disputas sobre seu financiamento, sua segurança e seu projeto, mas os últimos conflitos foram solucionados na quarta-feira, com o acordo entre o empreendedor Larry Silverstein e a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey.

O empreendimento incluirá três outros prédios, além de uma torre residencial, que ficarão em torno de um centro cultural, um museu e um memorial dedicados às vítimas dos ataques. As obras devem ser concluídas em 2011 ou 2012.

A primeira pedra foi colocada de forma simbólica por Pataki no dia 4 de julho de 2004, antes da Convenção Nacional Republicana em Nova York. O governador, um republicano moderado, está pensando na possibilidade de se candidatar à Presidência, e seu legado como governador por três mandatos deve ser marcado pela reconstrução do local. O posto de observação da torre, que terá 82 andares, ficará a 413 metros de altura. A agulha da decorativa da torre chegará a 541 metros, ou 1.776 pés, simbolizando o ano em que as colônias norte-americanas declararam independência da Grã-Bretanha.

Acredita-se que o prédio seja ocupado principalmente por agências do governo. As outras torres atrairiam mais o setor privado.

O projeto, que fazia alusão à estátua da Liberdade, foi redesenhado porque a polícia de Nova York afirmou que o prédio poderia ser vulnerável a ataques com caminhões-bomba.

Agora, o edifício terá uma base de 60 metros coberta de titânio e painéis de aço para suportar a explosão de um caminhão-bomba semelhante ao utilizado por militantes islâmicos em 1993 nas torres gêmeas.

"É uma peça mais simples, mais limpa e mais icônica", disse o arquiteto David Childs, que refez o projeto de Daniel Libeskind.

Há quem tema que a torre da Liberdade repita os erros do World Trade Center, que, depois de sua inauguração, em 1970, inundou o mercado de Manhattan com escritórios. Analistas acreditam que o mercado para imóveis comerciais ainda continuará forte por anos.





Fonte: Reuters

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