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Estudo prevê piora do sistema de saúde brasileiro
São Paulo - A projeção do funcionamento do sistema de saúde brasileiro para 2025, feita pelo médico e economista Marcos Bosi Ferraz, do Centro Paulista de Economia da Saúde (CPES) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), prevê que a qualidade desse serviço público será ainda pior.
Segundo a pesquisa, que será publicada em breve, mantidas as taxas de crescimento econômico atuais (algo próximo a 3% ao ano) e a excessiva concentração da renda (cálculos do IBGE para 2004 indicam que 77,1% da população ganha até cinco salários mínimos), o País terá de aumentar bastante seus gastos para manter, minimamente, o funcionamento do setor. Os quase 8% do Produto Interno Bruto (PIB) gastos hoje e que em 2004 representavam R$ 1,9 bilhão, terão de passar para 12% do PIB.
Mesmo que os governos consigam elevar os investimentos em saúde nas próximas duas décadas, isso não significa que a qualidade do sistema será necessariamente melhor. Mantida a renda atual do brasileiro, os gastos médios mensais com saúde, em relação ao orçamento doméstico, subirão dos atuais 5,35% para 14%. Para Ferraz, essa relação diferente no orçamento das famílias poderá provocar grave crise no setor privado de saúde.
Não bastasse a maior quantidade de clientes no sistema público de saúde, como mostra a pesquisa, o crescimento populacional do Brasil também deve ser considerado. As projeções populacionais do IBGE mostram que apenas em 2062 o País atingirá o chamado crescimento zero, ou seja, o número de mortes será igual ao de nascimentos. Quando esse empate demográfico ocorrer, a população brasileira deverá ter ultrapassado os 263 milhões.
Para tentar alterar essa projeção sobre o sistema de saúde público do Brasil, explicou o pesquisador, algumas medidas podem ser tomadas. O PIB do Brasil precisa crescer, pelo menos, 5% ao ano. E a renda média, também no mesmo período, 0,5%. Inflação sob controle também faz parte dessa receita.
Segundo Ferraz, também deve ser considerada a qualidade dos gastos feitos no setor de saúde. “Não existe informação disponível sobre esse item. Existem relatos que mostram que quanto menos estruturado for o sistema, e com maior nível de incentivos perversos, maior deve ser o desperdício”, conclui. As informações são da Agência Fapesp.
Segundo a pesquisa, que será publicada em breve, mantidas as taxas de crescimento econômico atuais (algo próximo a 3% ao ano) e a excessiva concentração da renda (cálculos do IBGE para 2004 indicam que 77,1% da população ganha até cinco salários mínimos), o País terá de aumentar bastante seus gastos para manter, minimamente, o funcionamento do setor. Os quase 8% do Produto Interno Bruto (PIB) gastos hoje e que em 2004 representavam R$ 1,9 bilhão, terão de passar para 12% do PIB.
Mesmo que os governos consigam elevar os investimentos em saúde nas próximas duas décadas, isso não significa que a qualidade do sistema será necessariamente melhor. Mantida a renda atual do brasileiro, os gastos médios mensais com saúde, em relação ao orçamento doméstico, subirão dos atuais 5,35% para 14%. Para Ferraz, essa relação diferente no orçamento das famílias poderá provocar grave crise no setor privado de saúde.
Não bastasse a maior quantidade de clientes no sistema público de saúde, como mostra a pesquisa, o crescimento populacional do Brasil também deve ser considerado. As projeções populacionais do IBGE mostram que apenas em 2062 o País atingirá o chamado crescimento zero, ou seja, o número de mortes será igual ao de nascimentos. Quando esse empate demográfico ocorrer, a população brasileira deverá ter ultrapassado os 263 milhões.
Para tentar alterar essa projeção sobre o sistema de saúde público do Brasil, explicou o pesquisador, algumas medidas podem ser tomadas. O PIB do Brasil precisa crescer, pelo menos, 5% ao ano. E a renda média, também no mesmo período, 0,5%. Inflação sob controle também faz parte dessa receita.
Segundo Ferraz, também deve ser considerada a qualidade dos gastos feitos no setor de saúde. “Não existe informação disponível sobre esse item. Existem relatos que mostram que quanto menos estruturado for o sistema, e com maior nível de incentivos perversos, maior deve ser o desperdício”, conclui. As informações são da Agência Fapesp.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/304516/visualizar/
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