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Quarta - 26 de Abril de 2006 às 10:13
Por: Luciene Oliveira

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Uma experiência positiva, desenvolvida pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), está incentivando famílias de trabalhadores rurais assentadas pelo Programa Nossa Terra, Nossa Gente, do Governo do Estado e desenvolvido pelo Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), iniciar a criação de abelhas produtoras de mel.

O curso de iniciação básica em apicultura capacitou cerca de 75 famílias de pequenos produtores rurais do município de Santo Antônio de Leverger (34 km ao Sul), nas comunidades Córrego do Ouro, Mato Verde, Brejinho e Pontal do Glória e outras 20 famílias assentadas em Arenápolis. O curso será extendido ainda ao assentamento Pai Joaquim, no distrito da Guia, Cuiabá.

Segundo o biólogo, João Bosco Pereira, a capacitação segue em duas fases. Na primeira os trabalhadores recebem informações teóricas de manejo, captura, produção, higienização, consciência ecológica e comercialização do produto. Na segunda, os alunos partem direto para prática. “A abelha só tem vantagem, requer pouca mão-de-obra e tem retorno rápido. Aquele que não usar a produção para melhorar a sua renda pode melhorar a dieta alimentar da família”, destaca Bosco

O biológo explica que a apicultura é uma das atividades com impactos positivos, tanto sociais quanto econômicos, ideal para ser desenvolvida no ambiente da agricultura familiar. Segundo ele, a atividade requer pouco investimento, tem retorno rápido e maior, em comparação com os custos da criação de bovinos, além de contribuir para manutenção e preservação dos ecossistemas.

Com investimento de apenas R$ 1 mil, o apicultor inicia uma uma pequena criação de abelhas. Com cinco colméias, o produtor já consegue obter em média uma produção de 125 quilos de mel ao ano e comercializar ao preço de R$ 15 o quilo, além dos outros produtos como cera, própolis, pólen e geléia real que também podem ser explorados.

Os projetos poderão ser financiados por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf-A) ou pelo Microcrédito, que oferece prazos de até um ano para pagar.

A cadeia produtiva da apicultura é vista também como uma das alternativas para melhoria da qualidade de vida e fixação do homem no meio rural, por encontrar excelentes condições climáticas e florísticas na maior parte das regiões do Estado.

A Secretária de Desenvolvimento Rural (Seder), está implantando núcleos produtivos da cadeia apícola em algumas regiões do Estado. A idéia é buscar o melhoramento do mel e agregar valor ao produto para comercialização no mercado externo. “Pretendemos implantar pequenos interpostos de mel e cerra, agregando valor e qualidade higiênica do produto”, finaliza o coordenador do estudo João Bosco.





Fonte: Da Assessoria

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