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Policiais da elite viram carcereiros de Arcanjo
O bicheiro João Arcanjo Ribeiro tem sido um embaraço para as autoridades judiciais mato-grossenses até atrás das grades. Para mantê-lo preso e longe de um eventual plano de fuga, o comando da Polícia Militar pôs metade de seu efetivo especial da tropa de elite em volta da cela ocupada pelo prisioneiro.
Homens treinados para agir em conflitos desempenham hoje atividades de carcereiros. Alguns deles têm como missão diária levar água e comida na cela de Arcanjo.
O comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), tenente-coronel Joelson Sampaio, disse que a tropa especial que vigia Arcanjo teria de receber treinamentos freqüentes e cumprir expediente dentro dos quartéis.
O oficial informou que os militares só são acionados em situações de risco.
Ele citou duas recentes ocorrências conduzidas pelos homens do Bope. Uma delas aconteceu em Sinop, onde ocorrera uma rebelião. A tropa invadiu o local para imobilizar os amotinados. Numa outra ação, o grupo militar cuidou de um episódio em que um homem seqüestrou a mulher e ameaçou explodir a casa.
“São homens preparados e treinados todos os dias para agir em situações difíceis, complicadas e de risco. Agora, eles viraram carcereiros”.
O Bope possui 140 homens que atuam nas ruas em viaturas ou motocicletas. A missão deles é a de desempenhar rondas nas ruas de Cuiabá e Várzea Grande.
Pelo menos a metade desse efetivo não faz isso mais desde o dia 11 de março, quando Arcanjo fora trazido do Uruguai para a Unidade Prisional Pascoal Ramos, em Cuiabá.
Além da tropa cercar diariamente a cela de Arcanjo, existe um sistema de vídeo captando imagens do bicheiro o tempo todo. Por duas horas, durante o dia, o prisioneiro é retirado da cela e levado para o banho de sol. Transferência
Assim que João Arcanjo foi trazido para Cuiabá, o governo estadual manifestou-se contrário à sua permanência por aqui. O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson, disse na data que o efetivo militar especial poderia ser disponibilizado por uns 20 dias.
Ontem, ele afirmou que Arcanjo deve ficar em Cuiabá enquanto estiver prestando depoimento à Justiça.
Existe um pedido judicial a ser decidido amanhã que vai definir se Arcanjo fica na unidade Pascoal Ramos ou será transferido ao presídio Papuda, em Brasília.
O advogado do bicheiro, Zaid Arbid, informou ontem à tarde que para ele é “indiferente” a permanência ou não de Arcanjo em Cuiabá. “A Justiça é que vai definir isso. Meu cliente está aí pronto para colaborar com a Justiça”.
João Arcanjo prestou uns quatro depoimentos até agora. Na Justiça Federal, corte que já o condenou a 49 anos de prisão por crimes financeiros, ele manteve-se calado. Já na Justiça Estadual, onde é acusado por assassinatos, sustentou inocência.
No dia 5 de maio, Arcanjo enfrenta uma nova audiência. A Polícia Federal quer saber dele sobre os empréstimos que fez a políticos de Mato Grosso.
Secretário garante plano do governo
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson, disse que existe um plano a ser posto logo em prática pelo governo estadual com o objetivo de criar uma guarda especial para atuar em presídios.
Isso pouparia o trabalho de homens das tropas especiais que hoje atuam como carcereiros que cuidam do bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Célio Wilson disse que não vê motivos de preocupação em manter a tropa especial em volta da cela de Arcanjo. “Se for preciso, tiramos os homens que lá estão e trocamos por outros”, garantiu.
Além dos cerca de 40 homens que cumprem expediente diário na vigilância da cela de Arcanjo, um efetivo maior é escalado em dias de depoimento. Homens de motocicleta, em viaturas e até um helicóptero são disponibilizados para seguir Arcanjo até o fórum.
O secretário disse que não há uma data definida para a transferência de Arcanjo. Ele acha que o bicheiro seja levado para um presídio federal, talvez para Campo Grande, cuja construção se encontra em fase final.
O cuidado da secretaria de Segurança Pública acerca da vigilância de Arcanjo tem dois importantes motivos. O ex-cabo da Polícia Militar Hércules Agostinho, pistoleiro que teria ligação com Arcanjo, escapou da Unidade Pascoal Ramos em maio de 2003 e foi recapturado três meses depois. Já o ex-soldado Célio Alves, comparsa de Hércules, fugiu do mesmo local no ano passado e até hoje permanece foragido.
Homens treinados para agir em conflitos desempenham hoje atividades de carcereiros. Alguns deles têm como missão diária levar água e comida na cela de Arcanjo.
O comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), tenente-coronel Joelson Sampaio, disse que a tropa especial que vigia Arcanjo teria de receber treinamentos freqüentes e cumprir expediente dentro dos quartéis.
O oficial informou que os militares só são acionados em situações de risco.
Ele citou duas recentes ocorrências conduzidas pelos homens do Bope. Uma delas aconteceu em Sinop, onde ocorrera uma rebelião. A tropa invadiu o local para imobilizar os amotinados. Numa outra ação, o grupo militar cuidou de um episódio em que um homem seqüestrou a mulher e ameaçou explodir a casa.
“São homens preparados e treinados todos os dias para agir em situações difíceis, complicadas e de risco. Agora, eles viraram carcereiros”.
O Bope possui 140 homens que atuam nas ruas em viaturas ou motocicletas. A missão deles é a de desempenhar rondas nas ruas de Cuiabá e Várzea Grande.
Pelo menos a metade desse efetivo não faz isso mais desde o dia 11 de março, quando Arcanjo fora trazido do Uruguai para a Unidade Prisional Pascoal Ramos, em Cuiabá.
Além da tropa cercar diariamente a cela de Arcanjo, existe um sistema de vídeo captando imagens do bicheiro o tempo todo. Por duas horas, durante o dia, o prisioneiro é retirado da cela e levado para o banho de sol. Transferência
Assim que João Arcanjo foi trazido para Cuiabá, o governo estadual manifestou-se contrário à sua permanência por aqui. O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson, disse na data que o efetivo militar especial poderia ser disponibilizado por uns 20 dias.
Ontem, ele afirmou que Arcanjo deve ficar em Cuiabá enquanto estiver prestando depoimento à Justiça.
Existe um pedido judicial a ser decidido amanhã que vai definir se Arcanjo fica na unidade Pascoal Ramos ou será transferido ao presídio Papuda, em Brasília.
O advogado do bicheiro, Zaid Arbid, informou ontem à tarde que para ele é “indiferente” a permanência ou não de Arcanjo em Cuiabá. “A Justiça é que vai definir isso. Meu cliente está aí pronto para colaborar com a Justiça”.
João Arcanjo prestou uns quatro depoimentos até agora. Na Justiça Federal, corte que já o condenou a 49 anos de prisão por crimes financeiros, ele manteve-se calado. Já na Justiça Estadual, onde é acusado por assassinatos, sustentou inocência.
No dia 5 de maio, Arcanjo enfrenta uma nova audiência. A Polícia Federal quer saber dele sobre os empréstimos que fez a políticos de Mato Grosso.
Secretário garante plano do governo
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson, disse que existe um plano a ser posto logo em prática pelo governo estadual com o objetivo de criar uma guarda especial para atuar em presídios.
Isso pouparia o trabalho de homens das tropas especiais que hoje atuam como carcereiros que cuidam do bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Célio Wilson disse que não vê motivos de preocupação em manter a tropa especial em volta da cela de Arcanjo. “Se for preciso, tiramos os homens que lá estão e trocamos por outros”, garantiu.
Além dos cerca de 40 homens que cumprem expediente diário na vigilância da cela de Arcanjo, um efetivo maior é escalado em dias de depoimento. Homens de motocicleta, em viaturas e até um helicóptero são disponibilizados para seguir Arcanjo até o fórum.
O secretário disse que não há uma data definida para a transferência de Arcanjo. Ele acha que o bicheiro seja levado para um presídio federal, talvez para Campo Grande, cuja construção se encontra em fase final.
O cuidado da secretaria de Segurança Pública acerca da vigilância de Arcanjo tem dois importantes motivos. O ex-cabo da Polícia Militar Hércules Agostinho, pistoleiro que teria ligação com Arcanjo, escapou da Unidade Pascoal Ramos em maio de 2003 e foi recapturado três meses depois. Já o ex-soldado Célio Alves, comparsa de Hércules, fugiu do mesmo local no ano passado e até hoje permanece foragido.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/304826/visualizar/
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