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Agrishow cumpre missão de troca de conhecimento e experiências
Rondonópolis, MT - A 5ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, Agrishow Cerrado, realizada nesta semana em Rondonópolis, cumpriu sua missão de repasse de tecnologia e difusão do conhecimento. O debate e a troca de idéias foram componentes de maior relevância no evento, informaram os organizadores.
O presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) e da Agrishow Cerrado, Hugo de Carvalho Ribeiro, ao fazer um balanço da feira, explicou que o objetivo de passar informações tecnológicas aos produtores foi alcançado. “Os produtores vieram maciçamente para a feira. Encontrei aqui produtores de todas as regiões de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, da Bahia e de municípios próximos”, avalia.
O estímulo para que esses participantes viessem para a feira teve um destaque a mais, pelo fato de muitos deles terem vindo de outros Estados ou de municípios distantes de Rondonópolis. É como constata o prefeito de Rondonópolis e produtor e membro da Associação Mato-grossense de Algodão (AMPA), Adilton Sachetti. “Fizemos um levantamento para verificar o interesse dos produtores e vimos que do total dos associados da Ampa mais de 90% deles participaram da feira”.
“Vimos nas palestras um público qualificado e específico, os produtores, que a feira queria atrair. Eles vieram para fazer pergunta, interagiram com os pesquisadores. Estavam curiosos, com sede de aprender”, enumera sobre avanços o presidente da Fundação MT.
Ribeiro lembra da feira também como um momento de sensibilização das autoridades políticas e empresariais como ponto positivo do evento nesta edição.
A feira queria não só trazer informações aos produtores, mas integrar autoridades políticas para se comprometerem com as dificuldades do setor. Motivo, explica, de ter incluído na programação as presenças do ex-governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, respectivamente, Geraldo Alckmin e Anthony Garotinho.
“Não houve volume de negócios significativos como nos anos anteriores, devido à dificuldade pela qual passa o setor. A comercialização foi pontual”, diz o gerente geral do Sistema Agrishow, Odilão Baptista Teixeira. “Como todas as feiras do mundo, aqui se começa negócio ou concluem aqueles iniciados em momentos anteriores”, afirma.
O Governo do Estado de Mato Grosso esteve presente na Agrishow Cerrado 2006. Durante dois dias o governador Blairo Maggi despachou na estande do governo instalado na Tenda Central, onde recebeu empresários e produtores. Juntamente com a secretária do Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Terezinha Maggi, o governador distribuiu um relatório técnico às empresas fabricantes de máquinas, implementos agrícolas, de fertilizantes e produtos fitossanitários sobre as atividades do projeto Parceria Rural Agricultura. Também assinou um termo de parceria com a empresa AD Protec, que ministra o módulo de aplicação de defensivos agrícolas por georeferenciamento de por noções de GPS. Também estiveram presentes o secretário de Desenvolvimento Rural, Cloves Vettoratto, a secretária de Ciência e Tecnologia, Ilma Grisoste, o presidente da Fapemat, Carlos Camacho, além de outros diretores de órgãos do governo.
Agricultura familiar
Romão Viana, da coordenação da Agrishow Cerrado, diz que a agricultura familiar também teve um espaço privilegiado para conhecer a produção no campo e se atualizar com informações.
“As palestras foram focadas naquilo que o pequeno produtor precisava ouvir. Pequenos detalhes que podem contribuir para o conhecimento dos produtores para quando eles voltarem para suas propriedades”, relata sobre o papel da qualificação aplicada à realidade da agricultura familiar.
Palestra
Segundo Hugo Ribeiro, foram distribuídas na programação da Agrishow Cerrado palestras diversificadas. Ele lembra da participação de palestrantes como os economistas Paulo Rabello de Castro e Alexandre Mendonça de Barros, que apontaram soluções práticas para o agronegócio, mesmo em momento de depressão de renda.
Em dois dias, a Agrishow Cerrado dedicou espaço para estudos detalhados sobre soja e algodão, com a visão atualizada de pesquisadores, como o caso do professor visitante da USP e da Universidade de Wageningen (Holanda), Peter Zuurbier. Ele e o professor da Esalq/USP, João Martines Filho, deram um panorama de diagnóstico, comercialização e alternativas para a produção da soja no Cerrado.
Outro painel temático foi sobre o biodiesel, assunto que cada vez mais chama a atenção para a agricultura, como opção diante da dificuldade. A organização trouxe o coordenador geral de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Frederique Rosa e Abreu e o professor Donato Aranda, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ou ainda do especialista francês em tecnologia e indústria algodoeira, Jean-Luc Chanselme, que pôde mostrar pesquisa para corrigir falhas no beneficiamento da cultura. O produtor e empresário Sebastián Gavalda pôde mostrar também como os produtores rurais da Argentina superaram a crise de 2001 na economia do país.
Tecnocampo
A organização da Agrishow Cerrado articulou para que junto com a feira pesquisadores e empresas de máquinas e agroquímicos pudessem fazer demonstrações de pesquisas na área de campo. Por isso organizou junto com o evento o Tecnocampo, para tirar dúvidas e promover esclarecimentos.
Não bastasse pesquisadores nas sessões do Tecnocampo, a comissão organizadora preparou a Clínica Tecnológica para que esses profissionais também ficassem na Tenda Central, onde os produtores puderam ter mais detalhes de pesquisas.
“Os produtores são preocupados em saber condições de mercado, sobre ambiente de comercialização. As palestras aconteceram no Tecnocampo e havia pesquisadores à disposição para explicar a cadeia produtiva”, afirma Hugo Ribeiro.
Os especialistas em agronegócio, Antônio Bueno e Fernando Muraro Jr, promoveram debate e sentiram necessidades dos produtores. Houve muitos questionamentos a ponto de nos dois dias de debates que promoveram terem demorado três horas na Câmara Setorial de Máquinas, na Tenda Central.
“Falamos da importância do produtor trabalhar com análise e gestão de riscos. Dele ter estratégia de informação. Ele tem que buscar cada vez mais isso”, diz. “As pessoas estavam interessadas em perguntar, houve muita gente do lado de fora. Explicamos que a safra 2006/2007 vai ter redução de área, mas não pode ter redução de tecnologia e produtividade. Aí a gestão é importante”, compara o diretor da Agência Rural, engenheiro agrônomo, Fernando Muraro Jr.
Público
Até ontem (21.04, sexta-feira), a organização contabilizou 21 mil visitantes, o que faz concluir que a expectativa de público foi alcançada.
Ação
A realização da Agrishow Cerrado 2006, uma das maiores feiras agrícolas do país, é da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária (Fundação MT), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira de Agrobusiness (Abag), Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) e da Sociedade Rural Brasileira (SRB). E tem a co-realização do Governo do Estado de Mato Grosso, Sindicato Rural de Rondonópolis e Prefeitura de Rondonópolis.
O presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) e da Agrishow Cerrado, Hugo de Carvalho Ribeiro, ao fazer um balanço da feira, explicou que o objetivo de passar informações tecnológicas aos produtores foi alcançado. “Os produtores vieram maciçamente para a feira. Encontrei aqui produtores de todas as regiões de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, da Bahia e de municípios próximos”, avalia.
O estímulo para que esses participantes viessem para a feira teve um destaque a mais, pelo fato de muitos deles terem vindo de outros Estados ou de municípios distantes de Rondonópolis. É como constata o prefeito de Rondonópolis e produtor e membro da Associação Mato-grossense de Algodão (AMPA), Adilton Sachetti. “Fizemos um levantamento para verificar o interesse dos produtores e vimos que do total dos associados da Ampa mais de 90% deles participaram da feira”.
“Vimos nas palestras um público qualificado e específico, os produtores, que a feira queria atrair. Eles vieram para fazer pergunta, interagiram com os pesquisadores. Estavam curiosos, com sede de aprender”, enumera sobre avanços o presidente da Fundação MT.
Ribeiro lembra da feira também como um momento de sensibilização das autoridades políticas e empresariais como ponto positivo do evento nesta edição.
A feira queria não só trazer informações aos produtores, mas integrar autoridades políticas para se comprometerem com as dificuldades do setor. Motivo, explica, de ter incluído na programação as presenças do ex-governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, respectivamente, Geraldo Alckmin e Anthony Garotinho.
“Não houve volume de negócios significativos como nos anos anteriores, devido à dificuldade pela qual passa o setor. A comercialização foi pontual”, diz o gerente geral do Sistema Agrishow, Odilão Baptista Teixeira. “Como todas as feiras do mundo, aqui se começa negócio ou concluem aqueles iniciados em momentos anteriores”, afirma.
O Governo do Estado de Mato Grosso esteve presente na Agrishow Cerrado 2006. Durante dois dias o governador Blairo Maggi despachou na estande do governo instalado na Tenda Central, onde recebeu empresários e produtores. Juntamente com a secretária do Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Terezinha Maggi, o governador distribuiu um relatório técnico às empresas fabricantes de máquinas, implementos agrícolas, de fertilizantes e produtos fitossanitários sobre as atividades do projeto Parceria Rural Agricultura. Também assinou um termo de parceria com a empresa AD Protec, que ministra o módulo de aplicação de defensivos agrícolas por georeferenciamento de por noções de GPS. Também estiveram presentes o secretário de Desenvolvimento Rural, Cloves Vettoratto, a secretária de Ciência e Tecnologia, Ilma Grisoste, o presidente da Fapemat, Carlos Camacho, além de outros diretores de órgãos do governo.
Agricultura familiar
Romão Viana, da coordenação da Agrishow Cerrado, diz que a agricultura familiar também teve um espaço privilegiado para conhecer a produção no campo e se atualizar com informações.
“As palestras foram focadas naquilo que o pequeno produtor precisava ouvir. Pequenos detalhes que podem contribuir para o conhecimento dos produtores para quando eles voltarem para suas propriedades”, relata sobre o papel da qualificação aplicada à realidade da agricultura familiar.
Palestra
Segundo Hugo Ribeiro, foram distribuídas na programação da Agrishow Cerrado palestras diversificadas. Ele lembra da participação de palestrantes como os economistas Paulo Rabello de Castro e Alexandre Mendonça de Barros, que apontaram soluções práticas para o agronegócio, mesmo em momento de depressão de renda.
Em dois dias, a Agrishow Cerrado dedicou espaço para estudos detalhados sobre soja e algodão, com a visão atualizada de pesquisadores, como o caso do professor visitante da USP e da Universidade de Wageningen (Holanda), Peter Zuurbier. Ele e o professor da Esalq/USP, João Martines Filho, deram um panorama de diagnóstico, comercialização e alternativas para a produção da soja no Cerrado.
Outro painel temático foi sobre o biodiesel, assunto que cada vez mais chama a atenção para a agricultura, como opção diante da dificuldade. A organização trouxe o coordenador geral de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Frederique Rosa e Abreu e o professor Donato Aranda, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ou ainda do especialista francês em tecnologia e indústria algodoeira, Jean-Luc Chanselme, que pôde mostrar pesquisa para corrigir falhas no beneficiamento da cultura. O produtor e empresário Sebastián Gavalda pôde mostrar também como os produtores rurais da Argentina superaram a crise de 2001 na economia do país.
Tecnocampo
A organização da Agrishow Cerrado articulou para que junto com a feira pesquisadores e empresas de máquinas e agroquímicos pudessem fazer demonstrações de pesquisas na área de campo. Por isso organizou junto com o evento o Tecnocampo, para tirar dúvidas e promover esclarecimentos.
Não bastasse pesquisadores nas sessões do Tecnocampo, a comissão organizadora preparou a Clínica Tecnológica para que esses profissionais também ficassem na Tenda Central, onde os produtores puderam ter mais detalhes de pesquisas.
“Os produtores são preocupados em saber condições de mercado, sobre ambiente de comercialização. As palestras aconteceram no Tecnocampo e havia pesquisadores à disposição para explicar a cadeia produtiva”, afirma Hugo Ribeiro.
Os especialistas em agronegócio, Antônio Bueno e Fernando Muraro Jr, promoveram debate e sentiram necessidades dos produtores. Houve muitos questionamentos a ponto de nos dois dias de debates que promoveram terem demorado três horas na Câmara Setorial de Máquinas, na Tenda Central.
“Falamos da importância do produtor trabalhar com análise e gestão de riscos. Dele ter estratégia de informação. Ele tem que buscar cada vez mais isso”, diz. “As pessoas estavam interessadas em perguntar, houve muita gente do lado de fora. Explicamos que a safra 2006/2007 vai ter redução de área, mas não pode ter redução de tecnologia e produtividade. Aí a gestão é importante”, compara o diretor da Agência Rural, engenheiro agrônomo, Fernando Muraro Jr.
Público
Até ontem (21.04, sexta-feira), a organização contabilizou 21 mil visitantes, o que faz concluir que a expectativa de público foi alcançada.
Ação
A realização da Agrishow Cerrado 2006, uma das maiores feiras agrícolas do país, é da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária (Fundação MT), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira de Agrobusiness (Abag), Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) e da Sociedade Rural Brasileira (SRB). E tem a co-realização do Governo do Estado de Mato Grosso, Sindicato Rural de Rondonópolis e Prefeitura de Rondonópolis.
Fonte:
Secom-MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/305072/visualizar/
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