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EUA estão no centro da crise andina após saída da Venezuela
O comércio com os EUA é o ponto central da discórdia entre os países da Comunidade Andina após a saída da Venezuela do bloco formado por este país mais Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Caracas atribui sua saída aos Tratados de Livre-Comércio assinados por Lima e Bogotá com os Estados Unidos, que são considerados nocivos para o mercado venezuelano.
Após o anúncio oficial da decisão venezuelana, o organismo regional programou para a próxima quarta-feira uma reunião em Lima da Comissão Andina, integrada por todos os ministros de Comércio do bloco.
O debate promete ser tenso devido às divergências sobre os Tratados de Livre-Comércio e porque o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou hoje que seu país deixa "automaticamente" de pertencer ao bloco regional.
No entanto, a saída será progressiva e de acordo com o artigo 135 do Acordo de Cartagena, que "rege que os compromissos devem ser mantidos por cinco anos", disse à EFE o secretário-geral do organismo, Allan Wagner.
O Acordo de Cartagena, através do qual foi constituído o antigo Pacto Andino, que em 1996 mudou de nome para Comunidade Andina, obriga a Venezuela a importar e exportar no bloco com as atuais condições tarifárias pelos próximos cinco anos.
Wagner, que se reuniu no sábado com altos funcionários da CAN, exclui a possibilidade de que a retirada da Venezuela, anunciada na quarta-feira passada e formalizada ontem, possa ser parcial.
No entanto, Wagner disse esperar que alguns vínculos sejam mantidos. "Há múltiplas possibilidades de se preservar o que já foi construído", como os acordos de dupla tributação, convênios técnicos e de cooperação, luta conjunta contra o narcotráfico, entre outros.
A reunião dos ministros andinos é um primeiro passo, mas ainda ficou pendente a convocação da cúpula presidencial, que na opinião de Wagner deveria acontecer na Bolívia.
O presidente boliviano, Evo Morales, deve assumir em junho a titularidade do Conselho Presidencial Andino, integrado pelos governantes do grupo e que atualmente está a cargo de Chávez.
No entanto, o chanceler boliviano, David Choquehuanca, disse que seu país ainda não decidiu nada sobre a reunião.
A saída da Venezuela prejudicará seriamente o mercado andino, pois o país representa praticamente um terço do mercado andino e o comércio entre a Colômbia e a Venezuela representa cerca de 50% do comércio total do bloco.
A Comunidade Andina enfrenta uma das piores de sua história, deflagrada na quinta-feira passada, após o anúncio de Chávez sobre sua intenção de deixar a CAN e buscar uma aliança com o Mercosul, integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, como membro pleno do bloco.
A reunião andina da próxima quarta-feira coincide com um encontro em São Paulo entre Chávez, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, para discutir o Mercosul.
Apesar da crise, Wagner disse que amanhã participará do evento "Construindo uma Comunidade Andina de cidadãs e cidadãos", que será realizada em Medelín (Colômbia), na segunda e na terça-feira, organizada pela CAN, a Comissão Européia e a Prefeitura de Medelín.
No encontro, Wagner pretende reafirmar o "projeto integrador" e "manter os esforços" para que o bloco andino sobreviva.
Após o anúncio oficial da decisão venezuelana, o organismo regional programou para a próxima quarta-feira uma reunião em Lima da Comissão Andina, integrada por todos os ministros de Comércio do bloco.
O debate promete ser tenso devido às divergências sobre os Tratados de Livre-Comércio e porque o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou hoje que seu país deixa "automaticamente" de pertencer ao bloco regional.
No entanto, a saída será progressiva e de acordo com o artigo 135 do Acordo de Cartagena, que "rege que os compromissos devem ser mantidos por cinco anos", disse à EFE o secretário-geral do organismo, Allan Wagner.
O Acordo de Cartagena, através do qual foi constituído o antigo Pacto Andino, que em 1996 mudou de nome para Comunidade Andina, obriga a Venezuela a importar e exportar no bloco com as atuais condições tarifárias pelos próximos cinco anos.
Wagner, que se reuniu no sábado com altos funcionários da CAN, exclui a possibilidade de que a retirada da Venezuela, anunciada na quarta-feira passada e formalizada ontem, possa ser parcial.
No entanto, Wagner disse esperar que alguns vínculos sejam mantidos. "Há múltiplas possibilidades de se preservar o que já foi construído", como os acordos de dupla tributação, convênios técnicos e de cooperação, luta conjunta contra o narcotráfico, entre outros.
A reunião dos ministros andinos é um primeiro passo, mas ainda ficou pendente a convocação da cúpula presidencial, que na opinião de Wagner deveria acontecer na Bolívia.
O presidente boliviano, Evo Morales, deve assumir em junho a titularidade do Conselho Presidencial Andino, integrado pelos governantes do grupo e que atualmente está a cargo de Chávez.
No entanto, o chanceler boliviano, David Choquehuanca, disse que seu país ainda não decidiu nada sobre a reunião.
A saída da Venezuela prejudicará seriamente o mercado andino, pois o país representa praticamente um terço do mercado andino e o comércio entre a Colômbia e a Venezuela representa cerca de 50% do comércio total do bloco.
A Comunidade Andina enfrenta uma das piores de sua história, deflagrada na quinta-feira passada, após o anúncio de Chávez sobre sua intenção de deixar a CAN e buscar uma aliança com o Mercosul, integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, como membro pleno do bloco.
A reunião andina da próxima quarta-feira coincide com um encontro em São Paulo entre Chávez, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, para discutir o Mercosul.
Apesar da crise, Wagner disse que amanhã participará do evento "Construindo uma Comunidade Andina de cidadãs e cidadãos", que será realizada em Medelín (Colômbia), na segunda e na terça-feira, organizada pela CAN, a Comissão Européia e a Prefeitura de Medelín.
No encontro, Wagner pretende reafirmar o "projeto integrador" e "manter os esforços" para que o bloco andino sobreviva.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/305074/visualizar/
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