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Agronegócios
Domingo - 23 de Abril de 2006 às 07:15

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A quinta edição da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), versão Cerrado, encerrada ontem, em Rondonópolis, cumpriu seu propósito, segundo a organização, que foi o de fomentar as discussões em relação à crise do agronegócio para a busca de alternativas. Sem revelar números, deram por encerrada a feira. A ausência do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, foi notada pelos visitantes.

Mas quem precisa de números? O resultado um a um dá um termômetro do que foram os cincos dias. De acordo com a superintendência do Banco do Brasil (BB) em Mato Grosso -- que neste ano inovou e levou serviços com foco no varejo de modo geral -- o volume de acolhimento das propostas -- durante a feira e até a última sexta-feira -- estava 86,36% abaixo do que foi contabilizado na edição passada.

Enquanto 1,1 mil propostas foram protocoladas, nesta edição apenas 60 haviam sido entregues. O gerente de Mercado de Agronegócios, Olímpio Vasconcelos, explica que o valor das propostas ainda não foi processado pelo sistema do BB e o resultado deverá estar pronto nesta segunda-feira. Na edição 2005, as 1,1 mil propostas para aquisição de máquinas e equipamentos somaram R$ 160 milhões, dos quais somente R$ 70 milhões viram negócios de fato.

Nesta feira Vasconcelos revela que cerca de 15 propostas (das 60) estão destinadas à aquisição de máquinas e equipamentos. “A maioria está voltada ao atendimento das necessidades da verticalização da agricultura, como compra de armazéns, fábricas de rações e biodiesel”.

Ainda assim, como negociações inexpressivas, Vasconcelos destaca que a Agrishow atendeu ao objetivo da edição, que foi o de promover um fórum de discussões. “O BB participou ativamente desta proposta, atendeu produtores, sanou dúvidas e abriu um espaço importante ao pequeno agricultor. Mais de 1,3 mil pequenos agricultores passaram pelo nosso estande. Não viemos aqui com o propósito de contabilizar vendas”.

Quem também engrossou o discurso de que “vender não era o objetivo” foi o coordenador Regional de Vendas da norte-americana Massey Ferguson, Márcio Porto. Sem divulgar números de negócios, ele revela apenas que o que foi negociado ficou ainda abaixo da expectativa pessimista. “Estamos em um ano atípico, com restrição de investimentos e de compradores. Ainda assim vendemos unidades de tratores e colheitadeiras, mas abaixo do esperado”. Ele espera que o pacote de medidas ao setor, referendado esta semana pela Conselho Monetário Nacional (CMN), “traga uma melhor movimentação ao segmento de máquinas e implementos”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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