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Nacional
Sexta - 21 de Abril de 2006 às 18:30
Por: Patrícia Landin

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Os pesquisadores brasileiros continuam trabalhando nas experiências feitas pelo astronauta Marcos César Pontes no espaço. Algumas equipes ainda não receberam todos os dados obtidos na Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês). Outras já estão comparando os dados trazidos por Pontes com dados obtidos em terra, em seus laboratórios.

Um dos que estão esperando é o professor Edson Bazzo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bazzo estuda uma tecnologia -- a dos chamados evaporadores capilares -- que podem ser úteis para evitar aquecimento de aparelhos nos satélites.

Ela está esperando que o pessoal da embaixada brasileira em Moscou envie um cartão de memória com dados da experiência na ISS. O cartão registrou a potência utilizada na realização da experiência. "Nós precisamos saber qual a potência aplicada para qualificar o evaporador para uso espacial", explicou ele.

Em Santa Catarina, Bazzo trabalha numa linha de pesquisa semelhante ao da pesquisadora Márcia Mantelli, que também enviou um experimento à ISS. "Nosso grande objetivo é mostrar ao programa espacial brasileiro que o nosso grupo em Santa Catarina está habilitado a atender as demandas do controle de temperatura dos satélites nacionais", disse Márcia.

Ela estuda uma tecnologia -- chamada minitubos de calor -- que está na linha de frente da pesquisa internacional, atualmente. De sua experiência na ISS, ela diz que já recebeu um relatório parcial de Marcos Pontes. Mas ainda aguarda dados obtidos no espaço.

Aristides Pavani, do Centro de Pesquisa Renato Archer (CenPRA), em Campinas, SP, também está esperando informações sobre sua experiência. No caso dele, falta chegar as fitas com a filmagem do experimento.

As imagens poderão mostrar o que acontece com as proteínas que ele mandou ao espaço para saber se, na falta de peso, elas ficam mais bem misturadas do que na Terra. Isso pode ajudar a construir sensores de vários tipos, inclusive para controlar vazamentos em instalações petrolíferas.

Pavani utilizou proteínas brilhantes, como as dos vagalumes. Assim, pode usar o filme para analisar o que aconteceu com as substâncias -- que ele misturou na forma de uma nuvem, ou um spray .

No caso de Heitor Evangelista da Silva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a etapa espera já passou. Ele já recebeu todos os dados de que precisava e agora está na parte final da experiência. "Precisamos mais um mês de trabalho para chegar aos resultados conclusivos".

Evangelista criou seu experimento em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE). A equipe enviou ao espaço bactérias, que foram banhadas em radiação para verificar como isso afetava os genes dos microorganismos.

"O objetivo final é avaliar quais são os riscos que os astronautas correm por ficarem expostos às irradiações do espaço, quando estão em atividade na ISS ou em outra nave orbital", disse Evangelista.





Fonte: 24HorasNews

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