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Cidades/Geral
Sexta - 21 de Abril de 2006 às 16:00
Por: Juliana Meneses

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Não plantar para que o prejuízo não seja maior é uma das principais propostas apresentadas pelo Fórum Rural Mato Grosso na manhã dessa sexta-feira (21.04) durante a Agrishow Cerrado 2006. As entidades que formam o Fórum apontam os produtores rurais como responsáveis por ações concretas na busca de soluções para crise. Isso exige mais determinação, união e mobilização da classe. A decisão de não preparar a terra para a próxima safra, automaticamente, está condicionada ao fato de não se adquirir os pacotes tecnológicos que já estão sendo oferecidos pelas empresas. "Não comprem nada. Porque nós não fazemos as contas e quando vemos estamos endividados novamente. Temos que fazer as contas e só plantar se houver viabilidade", alertou o Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira. O coordenador do Fórum e presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Rui Ottoni Prado, disse que as entidades vão continuar se articulando para buscar ações concretas em Brasília.

Nesta segunda-feira (24.04), a Famato protocola uma Ação Civil Pública na Justiça Federal, às 9 horas, para garantir a margem de rentabilidade entre o preço mínimo e o custo de produção. Outra alternativa que será analisada é a proposta apresentada pelo economista Paulo Rabello de Castro que trata da recuperação das empresas baseada na lei 1.111 de fevereiro de 2005. Os produtores rurais poderiam seriam ser enquadrados nessa lei considerando o caráter empresarial da atividade. Nesse caso, os produtores teriam 180 dias de moratória para se recompor as finanças amparados legalmente. As medidas serão avaliadas na próxima sexta-feira (28.04) às 9 horas, na sede da Famato, em Cuiabá.

Segundo o Fórum, o produtor deve se preparar para a guerra e não ficar esperando pelo rolo compressor. As lideranças confessaram que são incapazes de solucionar os problemas sozinhas e só a unidade vai garantir resultados positivos. De acordo com as entidades, os produtores não devem temer a inscrição do nome no Serasa ao contrário, é preciso aumentar o índice de inadimplência no Banco Brasil. Em dezembro de 2005, o índice de devedores era de 23%, portanto, 77% haviam quitado as parcelas. "O Pesa (Plano Especial de Saneamento de Ativos) e a securitização, de 95 só saíram porque havia um rombo nas contas do Banco do Brasil", lembrou Homero.





Fonte: Da Assessoria

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