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Economia
Sexta - 21 de Abril de 2006 às 14:03
Por: Andre Xavier

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Depois de participar de uma cerimônia de assinatura de um termo de adesão de mais uma empresa ao projeto Parceria Rural e Agricultura, de formação profissional de trabalhadores para atuação no campo, o governador Blairo Maggi visitou na tarde desta quinta-feira (20.04), o salão da Agricultura Familiar, instalado na Agrishow Cerrado 2006, que se realiza em Rondonópolis (212 Km ao Sul de Cuiabá) até o próximo sábado. Em seguida percorreu a área da Tecnocampo, onde são realizadas demonstrações dinâmicas de máquinas agrícolas.

Segundo Maggi, diante da situação de crise do agronegócio, este ano o agricultor não vem à Agrishow para comprar e sim para ganhar experiência, ver novas tecnologias e buscar alternativas para o seu empreendimento, pois está endividado e não tem dinheiro.

Para ele, a atual política econômica tem sacrificado os pequenos, médios e grandes produtores rurais. “Tem sacrificado quem alimenta e veste as pessoas. Tem sacrificado o homem do campo transferindo sua renda que já é pouca para os moradores das grandes cidades desequilibrando a cadeia produtiva prejudicando os que vivem dela”, afirmou.

De acordo com ele, o que está acontecendo é que o agricultor gasta mil reais para produzir e só consegue ganhar R$ 700 com a comercialização de seu produto. “Desse jeito não há como continuar a produzir. Essa política desestimula a produção e, ao mesmo tempo, estimula a especulação no mercado financeiro”, acentuou.

Em relação aos reflexos dessa política especificamente na arrecadação do Estado de Mato Grosso, ele observou que o Governo poderia investir mais se não fosse a queda na arrecadação, já que o estado tem no agronegócio, o carro-chefe de sua economia. “Nós já assimilamos o impacto. Já estamos no fundo do poço. Vamos manter as políticas prioritárias na Educação, na Segurança, no Transporte, continuaremos a pagar os salários em dia e honrar nossos compromissos já assumidos, porém, vamos deixar de fazer investimentos em todas as áreas. Para se ter um idéia de como está a situação, nós estamos arrecadando o que arrecadamos em 2003, só que nossas despesas são de 2006”, concluiu.





Fonte: Da Assessoria

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