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Grave crise atinge hospital referência em aids
Rio de Janeiro - O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar as denúncias de irregularidades que prejudicam o atendimento no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, na zona norte do Rio. Referência para o tratamento de portadores de HIV e com especialistas em mais de 20 áreas, a unidade passa por uma crise que já teria causado a morte de cinco pessoas. Diante da falta de medicamentos, aparelhos e material básico, como ataduras, o serviço especializado em HIV/aids corre o risco de rejeitar novos pacientes.
"Não existem antibióticos, analgésicos, antiinflamatórios. Há mais de um mês não fazemos um hemograma. Também não há como fazer teste de detecção de HIV. Falta sensibilidade, compromisso e um pouco de vergonha das autoridades da saúde", desabafou ontem o chefe do Serviço de Atendimento Especializado em Pacientes com HIV/Aids, Carlos Alberto Morais de Sá, que levou ao MPF documentos que comprovariam as irregularidades.
Ele afirmou que a unidade, vinculada à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio), enfrenta problemas há dois anos, quando trocou o comando da reitoria e da direção do hospital.
De acordo com Sá, existem 1.900 pacientes em tratamento, sendo 400 crianças. Ele conta que há pacientes sofrendo danos irreversíveis, como um soropositivo que perdeu a visão de um olho por causa da falta de medicamento. "Pessoas precisam de antibióticos para combater a cegueira. Uma ficou cega; outras estão com perfuração no estômago, outras faleceram."
O Ministério da Saúde afirmou que o repasse de recursos está em dia. Em outubro, o local passou a receber adicional de R$ 1,1 milhão ao ser incluído no Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino, totalizando, em 2005, R$ 7,8 milhões.
A verba para medicamentos é enviada ao órgão responsável pela Gestão Plena do SUS. No Rio, isso passou da prefeitura para o Estado, após o governo federal decretar estado de calamidade pública na rede hospitalar do município, há mais de um ano. A Secretaria Estadual de Saúde admitiu a falta de metade da lista de 27 remédios apresentada pelos médicos. Mas alegou que enfrenta dificuldades com os laboratórios.
"Não existem antibióticos, analgésicos, antiinflamatórios. Há mais de um mês não fazemos um hemograma. Também não há como fazer teste de detecção de HIV. Falta sensibilidade, compromisso e um pouco de vergonha das autoridades da saúde", desabafou ontem o chefe do Serviço de Atendimento Especializado em Pacientes com HIV/Aids, Carlos Alberto Morais de Sá, que levou ao MPF documentos que comprovariam as irregularidades.
Ele afirmou que a unidade, vinculada à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio), enfrenta problemas há dois anos, quando trocou o comando da reitoria e da direção do hospital.
De acordo com Sá, existem 1.900 pacientes em tratamento, sendo 400 crianças. Ele conta que há pacientes sofrendo danos irreversíveis, como um soropositivo que perdeu a visão de um olho por causa da falta de medicamento. "Pessoas precisam de antibióticos para combater a cegueira. Uma ficou cega; outras estão com perfuração no estômago, outras faleceram."
O Ministério da Saúde afirmou que o repasse de recursos está em dia. Em outubro, o local passou a receber adicional de R$ 1,1 milhão ao ser incluído no Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino, totalizando, em 2005, R$ 7,8 milhões.
A verba para medicamentos é enviada ao órgão responsável pela Gestão Plena do SUS. No Rio, isso passou da prefeitura para o Estado, após o governo federal decretar estado de calamidade pública na rede hospitalar do município, há mais de um ano. A Secretaria Estadual de Saúde admitiu a falta de metade da lista de 27 remédios apresentada pelos médicos. Mas alegou que enfrenta dificuldades com os laboratórios.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/305302/visualizar/
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