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Internacional
Sexta - 21 de Abril de 2006 às 11:14

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A Venezuela apresentará na próxima semana aos organismos da Comunidade Andina de Nações (CAN) os documentos que oficializarão sua saída do grupo regional, informou hoje o vice-chanceler para a América Latina, Pavel Rondón. Em declarações a vários meios de comunicação de seu país em Bruxelas, onde assiste a uma reunião entre representantes da CAN e a União Européia (UE), Rondón confirmou que já transmitiu a esta última instância a decisão anunciada esta semana pelo presidente Hugo Chávez durante uma viagem por Brasil e Paraguai.

Chávez sustentou que a CAN "morreu" e que já "não tem sentido" após a assinatura de tratados de Livre-Comércio entre Colômbia e Peru - que a integram junto com a Venezuela, Bolívia e Equador - com os Estados Unidos.

Rondón indicou que, uma vez que se oficialize a saída da Venezuela, o país deverá manter em vigor durante os próximos cinco anos o programa andino de liberação aduaneira.

A proposta de Chávez é que se configure uma "nova integração" de toda América do Sul, sob os ditames de sua Alternativa Bolivariana das Américas (Alba), que dá prioridade às esferas social e política em detrimento da comercial, segundo explicou no Brasil o ministro de Informação venezuelano, William Lara.

Chávez disse que apostará no Mercosul, embora considere que o bloco, integrado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai como membros plenos, também deverá ser "reformulado".

Lara disse que Chávez insistirá no assunto em uma reunião na próxima quarta-feira em São Paulo com seus colegas brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e argentino, Néstor Kirchner.

Chávez proporá que o Mercosul adote "uma nova configuração" que consiga superar as assimetrias entre seus integrantes, de maneira que sua relação seja "de iguais e entre iguais", reiterou Lara.

"Se isto for conseguido, será não apenas o relançamento do Mercosul, mas sua consolidação e servirá de base para consolidar a Alba", a iniciativa de Chávez como opção ao Acordo de Livre-Comércio das Américas (Alca), que é impulsionado Washington.





Fonte: EFE

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