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Economia
Sexta - 21 de Abril de 2006 às 08:45
Por: Anelize Moreno

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Os frigoríficos mato-grossenses não descartam a possibilidade de ter prejuízos em função da descoberta de um novo foco de febre aftosa no município de Japorã, em Mato Grosso do Sul.

O caso da doença foi confirmado ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Dos 137 animais da fazenda Medianeira 22 estão infectados pelo vírus.

Até a tarde de ontem nenhum novo país havia imposto restrições à carne brasileira em função da ocorrência. O diretor do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Milton Bellincanta, considera que o cenário é incerto, mas espera que não haja retaliações, já que a aftosa ressurgiu na mesma área onde tinham sido detectados focos da doença em outubro do ano passado.

Na avaliação do trader da MT Export, Gavur Kirst, o reaparecimento da doença no Estado vizinho pode fazer com que países que tinham intuito de derrubar as restrições à carne mato-grossense retardem o processo de abertura de mercado. Atualmente 12 países ainda mantêm barreiras à comercialização da carne mato-grossense. Ele frisa que por enquanto ainda não é possivel afirmar o que vai acontecer, porém espera que não surjam novos embargos. O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Décio Coutinho, lembra que no ano passado o número de países com restrições ao produto do Estado chegou a 53.

Desde a descoberta dos focos da doença no ano passado nenhum animal vindo da região infectada entrou no Estado. Coutinho conta que Mato Grosso não vai tomar nenhuma medida complementar com relação ao trânsito dos animais da região infectada. O tráfego de animais dos municípios de Japorã, Eldorado, Mundo Novo, Iguatemi e Itaquiraí para qualquer lugar do país está proibido desde outubro.

O mesmo vale para as cidades de Amaporã, Loanda, Maringá e Grandes Rios, no Paraná, com focos da doença também descobertos no ano passado.

"O novo foco apareceu dentro da área monitorada pelo Mapa, o que demonstra que ainda há atividade viral na região. Mas o território está isolado".





Fonte: A Gazeta

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