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Internacional
Sexta - 21 de Abril de 2006 às 07:02

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O Governo trabalhista britânico advertiu à "BBC" que examinará a possível tendência da emissora pública de pagar salários exorbitantes a seus principais apresentadores.

A ministra de Cultura, Tessa Jowell, fez tal advertência em seu discurso ante um comitê parlamentar, o qual foi divulgado hoje pela imprensa britânica, coincidindo com a luta aberta entre a "BBC" e as redes privadas "ITV" e "Channel 4" para contratar o apresentador mais popular da prestigiosa emissora pública.

Jonathan Ross, de 45 anos, que apresenta às sextas-feiras à noite o programa "Film 2006" e um programa radiofônico aos sábados, recebeu tentadoras ofertas das redes privadas.

Segundo o jornal "The Sun", a "BBC" tenta manter Ross na casa com uma oferta para três anos avaliada em 12,5 milhões de libras (cerca de 20 milhões de euros), mas a "ITV" está disposta a pagar até 15 milhões de libras (22 milhões de euros), e o "Channel 4" também não quer abrir mão do astro.

O vazamento para a imprensa, esta semana, dos salários de seus apresentadores causou consternação nas redes privadas, que consideram a "BBC" parcialmente responsável pelos custos inflacionários envolvendo os grandes nomes da TV britânica.

A "BBC" tem "muito dinheiro para gastar", afirma Paul Brown, diretor-executivo da Associação de Companhias Comerciais de Rádio.

A "BBC" reivindica 1,4 bilhão de libras (cerca de 2,044 bilhões de euros) adicionais para os próximos sete anos que se derivariam do aumento da taxa obrigatória paga pelos telespectadores para cobrir "a superinflação" nesse setor, mas o Governo qualifica o valor de exagerado.

A emissora pública quer que a taxa seja aumentada em 2,3% acima do índice de inflação, mas a ministra de Cultura assegurou ao Parlamento que a percentagem que será acordada e anunciada em junho ou julho será inferior.

Segundo Tessa Jowell, é necessário estudar em que medida as despesas da "BBC" em criatividade e talento influem nos custos das redes privadas e como, se a rede pública baixar seus custos, as privadas operarão.





Fonte: Terra

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