Crime ainda impune, seis anos depois

Um crime bárbaro que abalou a cidade de Canarana no dia 24 de outubro de 1999 até hoje não foi elucidado e a investigação é um mistério. O assassinato do casal Luciano e Lenice esta deixando a população e familiares estarrecidas com a demora na localização e prisão dos envolvidos. Acontece que, segundo um morador que não quer se identificar, todos na cidade temem pela vida se comentarem a respeito do assunto.

Naquele dia 24 de outubro, Luciano Signorini e Lenice Pezzini, ambos com a idade de 17 anos na época, foram assassinados com requintes de crueldade. Seus corpos foram encontrados enterrados em um buraco raso com o braço de Luciano e uma perna da Lenice fora da cova. Informações dão conta de que o casal teve seus órgãos genitais violentados até mesmo com colocação de terra, capim e pedaço de madeira em seu interior. Na época comentava-se que se tratava de latrocínio.

O crime abalou a cidade e região. Por pouco tempo muito se falava no assunto, até que todos se calaram, até mesmo as autoridades e meios de comunicação da região. Hoje os pais do casal assassinado, Sabino e Odila Signorini, pais de Luciano, e Adenir e Lúcia Pezzini, pais de Lenice, não agüentando mais a demora na elucidação do crime, clamam por Justiça.

Com a ajuda de Ottmar da Silva, estão se mobilizando e percorrendo a cidade e região em busca de apoio. Eles estão coletando assinaturas em abaixo-assinado visando procurar o Ministério da Justiça e solicitar uma posição sobre o duplo homicídio, não descartando também a possibilidade de acionar a produção do Programa Linha Direta, da Rede Globo de Televisão.

O que esta deixando todos revoltados e intrigados é o fato que de ninguém quer falar a respeito do assunto. Uma equipe de TV e de rádio da cidade de Água Boa tentou colher informações, não tendo sucesso.

O delegado João Pessoa disse que se a população colaborar, as investigações chegarão ao fim. “Mais de oito delegados já trabalharam neste caso. Só que ninguém colabora. Basta que alguém denuncie, mesmo que anonimamente, ai sim..., este drama vai acabar. Não sabemos o por que deste silencio e isto esta dificultando o trabalho investigativo”, concluiu.