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Hércules volta atrás
O ex-cabo da Polícia Militar, Hércules de Araújo Agostinho, voltou atrás em seu depoimento e disse ontem, em juízo, que não sabe quem mandou matar Sávio Brandão, retificando a delação que havia feito contra o bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Hércules disse que mentiu sobre o mandante do crime a pedido do Ministério Público Estadual e Federal, nas pessoas do promotor Mauro Zaque e do procurador da República Pedro Taques. Segundo ele, os dois o ameaçaram de que se não confirmasse que Arcanjo era o mandante da morte de Sávio, seria transferido ao presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (SP), onde o traficante Fernandinho Beira-Mar ficou preso.
“Eles me diziam que se eu falasse que era o Arcanjo, eles me concederiam o benefício de progressão de pena, que eu só ficaria preso em regime fechado de cinco a 10 anos. Do contrário, me transfeririam para Presidente Bernardes. Mas eu nunca soube quem mandou matar o Sávio, nem queria saber, para não virar ‘arquivo’. Não vou mais inventar mentira de ninguém. Nem Célio, nem João Leite nunca me falou quem foi o mandante”, declarou o ex-policial.
Conforme Hércules, as ameaças que teria sofrido por membros do Ministério Público aconteceram na sede do Grupo de Atuação ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Além de prometer a progressão de pena, foi dito ao ex-policial, segundo as informações que prestou em juízo, que Arcanjo pegaria “uns 200 anos de cadeia e, para isso, precisava de um homicídio com sustentação tendo ele como mandante. Eles também disseram que ele não voltaria mais para Cuiabá”, contou, informando que tem sido pressionado a assumir um homicídio ocorrido em Campo Novo dos Parecis. “Eu digo que nem conheço a pessoa, como vou assumir o crime?”, afirmou.
Hércules contou que desistiu de acusar Arcanjo quando conversou com o juiz federal Cézar Bearsi, na ocasião do seu julgamento sobre a morte de Rivelino Brunini e Fauze Rachid Jaudi, quando o magistrado informou-lhe que a progressão de pena prometida não era respaldada em nenhuma legislação.
Outra revelação feita pelo ex-cabo da PM foi com relação ao piloto da moto utilizada para o assassinato de Sávio. De acordo com Hércules, foi o foragido Luiz Rodrigues dos Santos, conhecido como “Grande”, quem pilotou a moto no dia do crime, e não Fernando Belo, como havia declarado em ocasiões anteriores. “Eu o reconheci no programa ‘Linha Direta’ de quinta-feira passada. Ele está foragido em Tocantins. É acusado de ter cometido um crime lá”, acrescentou.
O promotor encarregado do caso, João Augusto Veras Gadelha, disse acreditar que o depoimento de Hércules não muda em nada os rumos do processo, ou seja, a condenação de Arcanjo. “Ele falou que nunca fez contato com João Arcanjo, que não sabe o nome de quem mandou matar, mas que foi o Célio que o contratou. Além disso, o João Leite também comprovou que tinha ligação com a pessoa do Célio, a quem fez o pagamento. O João Leite assumiu o lugar do sargento Jesus na empreitada de homicídios”, comentou, fazendo a conexão entre os participantes.
“Eles me diziam que se eu falasse que era o Arcanjo, eles me concederiam o benefício de progressão de pena, que eu só ficaria preso em regime fechado de cinco a 10 anos. Do contrário, me transfeririam para Presidente Bernardes. Mas eu nunca soube quem mandou matar o Sávio, nem queria saber, para não virar ‘arquivo’. Não vou mais inventar mentira de ninguém. Nem Célio, nem João Leite nunca me falou quem foi o mandante”, declarou o ex-policial.
Conforme Hércules, as ameaças que teria sofrido por membros do Ministério Público aconteceram na sede do Grupo de Atuação ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Além de prometer a progressão de pena, foi dito ao ex-policial, segundo as informações que prestou em juízo, que Arcanjo pegaria “uns 200 anos de cadeia e, para isso, precisava de um homicídio com sustentação tendo ele como mandante. Eles também disseram que ele não voltaria mais para Cuiabá”, contou, informando que tem sido pressionado a assumir um homicídio ocorrido em Campo Novo dos Parecis. “Eu digo que nem conheço a pessoa, como vou assumir o crime?”, afirmou.
Hércules contou que desistiu de acusar Arcanjo quando conversou com o juiz federal Cézar Bearsi, na ocasião do seu julgamento sobre a morte de Rivelino Brunini e Fauze Rachid Jaudi, quando o magistrado informou-lhe que a progressão de pena prometida não era respaldada em nenhuma legislação.
Outra revelação feita pelo ex-cabo da PM foi com relação ao piloto da moto utilizada para o assassinato de Sávio. De acordo com Hércules, foi o foragido Luiz Rodrigues dos Santos, conhecido como “Grande”, quem pilotou a moto no dia do crime, e não Fernando Belo, como havia declarado em ocasiões anteriores. “Eu o reconheci no programa ‘Linha Direta’ de quinta-feira passada. Ele está foragido em Tocantins. É acusado de ter cometido um crime lá”, acrescentou.
O promotor encarregado do caso, João Augusto Veras Gadelha, disse acreditar que o depoimento de Hércules não muda em nada os rumos do processo, ou seja, a condenação de Arcanjo. “Ele falou que nunca fez contato com João Arcanjo, que não sabe o nome de quem mandou matar, mas que foi o Célio que o contratou. Além disso, o João Leite também comprovou que tinha ligação com a pessoa do Célio, a quem fez o pagamento. O João Leite assumiu o lugar do sargento Jesus na empreitada de homicídios”, comentou, fazendo a conexão entre os participantes.
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Da Reportagem
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