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Agronegócios
Quinta - 20 de Abril de 2006 às 13:29

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Rio, 20 - O cenário favorável de preços no setor agrícola, aliado à continuidade da desaceleração dos preços dos combustíveis no atacado, levou à deflação de 0,50% na segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de abril. A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.

O cenário da inflação mensurado pela segunda prévia do IGP-M de abril não é muito diferente do já registrado pelo IGP-10 de abril, visto que os dois indicadores possuem períodos de coleta de preços muito parecidos. Enquanto a segunda prévia deste mês vai do dia 21 de março a 10 de abril, o IGP-10 de abril vai do dia 11 de março a 10 de abril. O economista lembrou que as matérias-primas brutas agrícolas vivem, atualmente, uma boa fase, com o início de safra de vários produtos importantes.

Além disso, há a influência benéfica do câmbio na inflação - que tem puxado para baixo os preços de commodities no mercado interno. "O preço das matérias-primas brutas caiu 3,12% na segunda prévia de abril; a queda nos produtos agrícolas atacado já está em 3,03%", lembrou o economista. "É possível que essa deflação nos preços das matérias-primas brutas fique até mais forte", avaliou o economista, explicando que a safra da cana-de-açúcar mal começou.

Quadros informou ainda que o início da regularização da oferta da cana no mercado interno conduziu a um bom cenário nos preços de álcool etílico hidratado, que subiram 3% na segunda prévia do IGP-M de abril, bem abaixo da elevação registrada na segunda prévia do indicador em março (6,25%). Com isso, os preços dos combustíveis e lubrificantes no atacado desaceleraram, (de 1,37% para 0,13%), da segunda prévia do IGP-M de março para igual prévia em abril.

"Mas essa situação nos combustíveis pode não continuar", alertou. O economista lembrou a alta cotação do barril de petróleo no exterior, que já superou os US$ 70. Segundo ele, isso pode afetar o comportamento de combustíveis no atacado diretamente ligados à flutuação do petróleo no mercado externo, como querosene para motores e óleos combustíveis.





Fonte: Agência Estado

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