Microsoft trabalha em inédito sistema de busca por fotos
O funcionamento da tecnologia "Photo2Search" deve ser bem simples: o proprietário de um celular com câmera digital tira uma foto de algum objeto ou local e automaticamente o sistema retorna para ele endereços da internet que tenham fotos semelhantes ou que tragam informações sobre os objetos fotografados.
Embora a empresa trate a idéia de maneira tão simplista, não esconde as dificuldades subjacentes. O mecanismo trabalha através de uma tecnologia chamada CBIR (Content Based Image Retrieval = recuperação de imagens baseado em conteúdo), que realiza a conversão de textura, formato, layout e direção para valores numéricos, o que tornaria o sistema capaz de transformar uma foto em parâmetros e compará-los com um banco de respostas.
Tal conversão é feita ainda de maneira lenta e não muito prática, o que levou o grupo a testar outras possibilidades, como por exemplo a criação de comparação de imagens através de algoritmos. A velocidade do retorno, no caso, é bem maior: em uma coleção de seis mil imagens a resposta foi obtida em apenas três segundos.
A dificuldade então fica no cadastramento do banco de imagens, sendo avaliada a opção de utilizar a própria internet para capturar uma amostragem considerável. Embora ainda em estágios primários de desenvolvimento, a Microsoft afirmou que acredita no potencial da tecnologia que deve ser apresentada no Japão em meados de maio próximo em uma conferência de gerenciamento de dados através de celulares que acontecerá na cidade de Nara.
Conforme noticiado no site Marketing Vox News, o Photo2Search poderá ser empregado também em outros produtos da empresa: "Quando alguém enviar uma foto para, por exemplo, o MSN Spaces, nós poderemos rapidamente descobrir as coordenadas geográficas do local, em latitude e longitude, através de nossa tecnologia", declarou o pesquisador Xing Xie. Mais informações a respeito das pesquisas podem ser obtidas no atalho snurl.com/pcs6.
No entanto, segundo levantamento realizado pela equipe da Magnet, a iniciativa da Microsoft está longe de ser inédita. Em 2000, a IBM já estava bem adiantada em pesquisas semelhantes, através de seu projeto QBIC (Query by Image Content), que teve como exemplo demonstrativo o site do museu Hermitage em São Petersburgo, na Rússia, em que obras de arte podem ser pesquisadas por côr ou por forma, como se vê no atalho snurl.com/pfq6.
Comentários