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Saúde
Quarta - 23 de Janeiro de 2013 às 05:37
Por: LAURA NABUCO

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Nenhum dos três nomes especulados pelo PP para assumir a Secretaria de Estado de Saúde (SES) aceitou ser indicado ao cargo pela legenda. Diante da dificuldade de definição, a cúpula do partido adiou mais uma vez o anúncio de um nome. A reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), que estava prevista para ocorrer ontem, ficou para hoje.

Entre os cotados mais recentes para substituir Vander Fernandes estava o deputado estadual Antônio Azambuja, que rejeitou o cargo sob o argumento de prosseguir com seu mandato na Assembleia Legislativa. Formado em Medicina, ele entrou na lista dos possíveis indicados à Pasta por ter um perfil mais técnico que político, o que o encaixaria melhor dentro das exigências do governador.

Outro que declinou da indicação é o ex-prefeito de Pontes e Lacerda, Newton Miotto, que vem sendo cotado para assumir a secretaria desde o início das discussões sobre a troca de comando da SES.

Ao partido, ele argumentou estar cansado, visto que deixou a prefeitura no final do ano passado. Ao contrário de Azambuja, que já esteve no staff de Silval à frente da pasta de Esportes e Lazer, Miotto, no entanto, não estava dentro das expectativas do chefe do Executivo estadual.

A falta de vocação técnica ao cargo por parte do ex-prefeito é apontada com um dos motivos que levaram o governador a escolher o diretor do Hospital e Maternidade Santa Helena, Marcelo Sandrin, dentre as opções apresentadas pelo PP à época.

Sandrin, que já era tido como certo no comando da secretaria, também recuou da indicação por motivos particulares. Temia não conseguir conciliar o trabalho no consultório com as atividades no governo.

A demora na escolha de um gestor aumenta as especulações em torno dos problemas que a secretaria enfrenta. A própria substituição de Vander Fernandes é um exemplo. Houve a orientação pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para isso, já que, durante o julgamento das contas de 2011, foram encontradas mais de 160 irregularidades.

Entre as falhas estava o atraso nos repasses de recursos a prefeituras e consórcios municipais. A dívida chegou a R$ 50 milhões, segundo o Ministério Público do Estado (MPE), que ingressou com uma ação civil pública contra o governo.

O processo rendeu o bloqueio de R$ 12 milhões da Conta Única do Estado para honrar os débitos com Cuiabá e Várzea Grande, tidas como as cidades mais prejudicadas.

Apesar de tantas recusas à titularidade da secretaria, o secretário-geral da legenda, deputado estadual Ezequiel Fonseca, garante que a indicação não será mais prorrogada. “De amanhã [hoje] não passa. Nos reunimos com o governador e já saímos com a nomeação na mão”.

Segundo ele, o partido ainda precisa chegar a um nome de consenso dentre dois que são avaliados. O progressista prefere não antecipar os possíveis indicados, mas sustenta que a legenda também tem preferência por uma indicação com perfil mais técnico, atendendo a uma recomendação de Silval.




Fonte: DO DC

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