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Pirataria de softwares na China está longe do fim
DVDs? CDs? Jogos? Pornôs? O que você quer?", sussurram vendedores nas ruas do bairro de Zhongguancun, em Pequim, para possíveis clientes. Ao receber pedido de um software de computador, um se apressa para checar seus produtos escondidos atrás de um galpão e cinco minutos depois traz nas mãos uma versão chinesa do sistema operacional Windows XP Professional por 30 iuans (US$ 3,74).
Após uma pechincha amigável, ele reduz o valor para 25 iuans. Uma cópia legítima do software é vendida por cerca de 2.000 iuans (US$ 249,6). "Venha comigo. Há mais coisas", diz Li Fuzhen, que há três anos vende filmes, músicas, softwares e jogos de computador piratas nesse distrito conhecido como o Vale do Silício chinês. De fato, havia muitos outros produtos. Apesar das periódicas apreensões de itens falsificados, a China possui um voraz apetite por cópias baratas e não autorizadas de softwares e outros produtos digitais.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que a questão é um ponto sensível nas relações comerciais que ele vai abordar na visita do presidente chinês Hu Jintao a Washington na quinta-feira. Autoridades dos EUA dizem que mais de 90% dos softwares usados na China são falsificados. Nesta terça-feira, em Seattle, no início de uma visita de quatro dias aos EUA, Hu teve encontro com Bill Gates, o chairman da Microsoft, gigante de software cujas vendas na China têm sido prejudicadas pela pirataria generalizada.
Hu disse que autoridades chinesas em Pequim pediram a Gates para confiar nos esforços do governo chinês contra a pirataria. "Minha compreensão do diálogo do presidente Hu Jintao com Bill Gates... é que ele sinalizou que o governo chinês quer que os investidores estrangeiros confiem na proteção de propriedade intelectual da China", disse a porta-voz da secretaria chinesa de direitos autorais, Wang Ziqiang, em entrevista coletiva.
A China baniu os softwares piratas de todos os gabinetes do governo. O custo disso apenas nos escritórios centrais do governo foi de cerca de 150 milhões de iuans (US$ 17,47 milhões), segundo Wang. Pequim tinha prometido isso para Washington no ano passado e Wang disse que a China está agora trabalhando para levar a medida para companhias estatais.
No início deste mês, a China exigiu que as fabricantes domésticas de computadores instalem softwares operacionais autorizados antes que seus produtos passem pelos portões das fábricas e cheguem ao varejo. Mas um passeio pelo arredores das lojas e barracas de computadores lotadas de Zhongguancun sugere que a China está longe de conseguir se livrar de falsificadores de softwares, vendidos por 1% ou 2% do custo das versões legítimas.
Li, o vendedor de produtos piratas que antes trabalhava no campo, disse que as batidas da polícia e a apreensão de falsificações aumentaram no ano passado e as vendas antes em esquinas ao ar livre passaram a quartos e barracas vigiadas por outros vendedores. Ele afirmou que não se preocupa com os efeitos da pirataria chinesa para a companhia de Bill Gates. "Bill Gates se aposentou, então isso não vai prejudicá-lo", disse. "O povo chinês é muito pobre para pensar nessas coisas."
Após uma pechincha amigável, ele reduz o valor para 25 iuans. Uma cópia legítima do software é vendida por cerca de 2.000 iuans (US$ 249,6). "Venha comigo. Há mais coisas", diz Li Fuzhen, que há três anos vende filmes, músicas, softwares e jogos de computador piratas nesse distrito conhecido como o Vale do Silício chinês. De fato, havia muitos outros produtos. Apesar das periódicas apreensões de itens falsificados, a China possui um voraz apetite por cópias baratas e não autorizadas de softwares e outros produtos digitais.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que a questão é um ponto sensível nas relações comerciais que ele vai abordar na visita do presidente chinês Hu Jintao a Washington na quinta-feira. Autoridades dos EUA dizem que mais de 90% dos softwares usados na China são falsificados. Nesta terça-feira, em Seattle, no início de uma visita de quatro dias aos EUA, Hu teve encontro com Bill Gates, o chairman da Microsoft, gigante de software cujas vendas na China têm sido prejudicadas pela pirataria generalizada.
Hu disse que autoridades chinesas em Pequim pediram a Gates para confiar nos esforços do governo chinês contra a pirataria. "Minha compreensão do diálogo do presidente Hu Jintao com Bill Gates... é que ele sinalizou que o governo chinês quer que os investidores estrangeiros confiem na proteção de propriedade intelectual da China", disse a porta-voz da secretaria chinesa de direitos autorais, Wang Ziqiang, em entrevista coletiva.
A China baniu os softwares piratas de todos os gabinetes do governo. O custo disso apenas nos escritórios centrais do governo foi de cerca de 150 milhões de iuans (US$ 17,47 milhões), segundo Wang. Pequim tinha prometido isso para Washington no ano passado e Wang disse que a China está agora trabalhando para levar a medida para companhias estatais.
No início deste mês, a China exigiu que as fabricantes domésticas de computadores instalem softwares operacionais autorizados antes que seus produtos passem pelos portões das fábricas e cheguem ao varejo. Mas um passeio pelo arredores das lojas e barracas de computadores lotadas de Zhongguancun sugere que a China está longe de conseguir se livrar de falsificadores de softwares, vendidos por 1% ou 2% do custo das versões legítimas.
Li, o vendedor de produtos piratas que antes trabalhava no campo, disse que as batidas da polícia e a apreensão de falsificações aumentaram no ano passado e as vendas antes em esquinas ao ar livre passaram a quartos e barracas vigiadas por outros vendedores. Ele afirmou que não se preocupa com os efeitos da pirataria chinesa para a companhia de Bill Gates. "Bill Gates se aposentou, então isso não vai prejudicá-lo", disse. "O povo chinês é muito pobre para pensar nessas coisas."
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/305534/visualizar/
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