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Economia
Quarta - 19 de Abril de 2006 às 15:42

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O Brasil pode liderar o maior mercado de energia renovável do mundo. Isso porque no país existe matéria-prima renovável em abundância para fabricar o biocombustível - combustível de origem vegetal, como cana de açúcar, óleos vegetais e da madeira, derivados de leite, gordura animal, entre outros.

Baseado nessa alternativa, acontece em Brasília, entre 23 a 25 deste mês, o Seminário Internacional de Biocombustíveis. A Assembléia Legislativa, participa do evento através da Câmara Setorial Temática (CST), que já discute sobre o biodiesel.

“Os deputados Silval (presidente da Assembléia, Barbosa) e Riva (primeiro-secretário, José) se mostram interessados com o assunto há muito tempo. Inclusive, a Assembléia já trabalha neste sentido através de um projeto de lei (06/2006 de autoria do deputado Riva) que institui a política estadual de incentivo a cadeia produtiva do biodiesel”, explica o presidente da CST da Agroenergia, Paulo Moura.

De acordo com Moura, o biocombustível ou combustível biológico é uma alternativa viável para substituição do petróleo com uma série de vantagens, tanto ambientais, como econômicas e sociais. “O Brasil promete reduzir em 5,2% até 2.013 a emissão de gás carbônico na atmosfera. Há um indicativo de que é possível 5% de adição de biocombustível no diesel de petróleo, que alimenta a economia, diminui a importação de petróleo e reduz a poluição”, lembrou o presidente da CST.

Segundo Moura, estudos apontam que daqui há 40 ou 50 anos, os combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral entre outros), estarão em exaustão e tendem a se esgotarem. Por isso, segundo o presidente da CST, os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) dos países em desenvolvimento, estão buscando energia limpa para o futuro. “O Brasil se encaixa nesse padrão e não está produzindo poluentes”, definiu Moura.

O Seminário é promovido pelo Ministério das Minas e Energia, em conjunto com a Organização Latino-Americana de Energia (Olade), é foi pedido por diversos países latino-americanos, para compartilhamento e disseminação das políticdas públicas voltadas para promover a utilização de biocombustíveis e a diversificação da matriz energética.

Entre os temas que serão abordados durante o seminário, Moura admitiu que alguns deles interessam diretamente a Mato Grosso. Entre eles, o presidente da CST, destacou, a tributação dos combustíveis no Brasil, a tecnologia brasileira na produção industrial de biocombustiveis, aspectos da produção em larga escala, questão do meio ambiente na cadeia produtiva dos biocombustíveis no Brasil e a oportunidade e desafios na utilização do MDL.

“O caráter institucional do seminário privilegia a abordagem de temas afetos ao marco regulatório necessário à incorporação dos biocombustíveis na matriz energética e ao desenvolvimento tecnológico de sua indústria”, garante Moura.

Outro ponto que será abordado no seminário é o uso do petróleo como fonte energética, sendo que ele representa uma das maiores causas da poluição do ar, e sua queima contribui para o efeito estufa. “A energia renovável é uma alternativa para reduzir o efeito estufa. Além disso, o uso dela faz com que o país diminua a dependência do combustível fóssil, que num futuro muito próximo, estará em extinção”, afirmou Moura.

Um trabalho pré-determinado voltado para a agroenergia já está sendo desenvolvido em Mato Grosso. A Mesa Diretora da Assembléia encaminhou um ofício ao Governo do Estado apoiando a ação da Universidade Federal de Mato Grosso que pede a instalação de um Centro Internacional em Excelência em Biodiesel. “Já existe no Estado, 10 indústrias de biodiesel com selo de combustível comprovado”, ressaltou Moura.





Fonte: 24HorasNews

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