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Internacional
Terça - 18 de Abril de 2006 às 13:56

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O ministro Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, defendeu hoje a busca de uma "solução diplomática" para a crise nuclear do Irã, país ao qual pediu que coopere com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Lavrov disse isto durante um encontro com o subsecretário-geral da ONU, Ibrahim Gambari, pouco antes da reunião sobre o Irã realizada em Moscou por representantes da Rússia, dos Estados Unidos, da China e do trio europeu formado por Reino Unido, França e Alemanha. O ministro russo afirmou que "o principal trabalho para esclarecer os assuntos relacionados ao programa nuclear iraniano deve ficar a cargo da AIEA, enquanto o Irã deve cooperar de forma ativa com a entidade".

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Kamínin, declarou hoje que polêmica relacionada ao programa nuclear do Irã não pode ser solucionada "nem pelo caminho das sanções nem pela força".

Além disso, Kamínin disse que é necessário encontrar uma solução negociada que permita acabar com as preocupações da comunidade internacional com relação ao programa nuclear de Teerã.

A crise nuclear iraniana se agravou há uma semana, quando o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou que Teerã completou o ciclo de produção de combustível nuclear, primeiro passo no processo de enriquecimento de urânio.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, afirmou que durante o encontro de Moscou serão avaliadas as ações que podem ser realizadas pelas Nações Unidas para forçar o Irã a abandonar as pretensões nucleares.

Entre as opções que Washington estuda para conseguir fazer com que Teerã volte a dar informações sobre todas a atividades de enriquecimento de urânio estão o congelamento de ativos e restrição de movimentação de membros do Governo iraniano.

Por outro lado, o Irã fez um apelo para que os representantes da Rússia, dos EUA, da China e da "tríade" européia não tomem decisões que "possam prejudicá-los".

Esta declaração foi dada em Teerã pelo porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hamid-Reza Asefi, ao considerar que a reunião de Moscou é mais importante para os países reunidos do que para o Irã, pois "se não agirem de forma razoável prejudicarão a si mesmos".

Já o presidente iraniano ameaçou "cortar as mãos dos que pensam em agredir" a República Islâmica, durante um discurso feito por ocasião do Dia do Exército.

O embaixador iraniano em Moscou, Gholamreza Ansari, afirmou hoje que o "Irã está pronto para a guerra, mas empreenderá todos os esforços para impedir uma nova crise na região".





Fonte: EFE

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