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Adufmat realiza hoje terceira palestra do Ciclo (In) segurança no Campus
A terceira palestra do Ciclo (In)segurança no Campus será ministrada pela Profª. Drª Maria Aparecida Morgado, do Departamento de Psicologia do Instituto de Educação da UFMT. O evento, promovido pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (ADUFMAT), em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores da UFMT (Sintuf) e o Diretório Central dos Acadêmicos (DCE), será realizado hoje, terça-feira, 18/4, às 18:30, no Auditório da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV), conhecido como “Batatão”.
O primeiro debate foi conduzido pelo ex-chefe da polícia civil do Rio de Janeiro, Hélio Luz, no dia 29 de março. O segundo aconteceu no dia 06 de abril, com o Prof. Dr. Naldson Ramos, do Departamento de Sociologia e Política da UFMT, que teve posição contrária à de Hélio Luz. Naldson Ramos defende a presença da Polícia Militar no campus. Em diálogo com platéia que lotou o auditório, disse que o papel da universidade é o da formação. Neste sentido, contribuir para a capacitação dos policiais, fazendo-os atuar como cidadãos, e não excluir por meio de críticas sobre a postura violenta da instituição militar. "É preciso reverter o quadro de pessimismo e participar para que a polícia execute a prevenção, num projeto coletivo de segurança cidadã. É preciso ter tolerância e respeito. Assim como a PM não pode desrespeitar o cidadão deve haver a contrapartida da comunidade escolar em relação aos policiais".
Segundo Hélio Luz, a faculdade é um ambiente de reflexão, onde deve conviver a comunidade escolar. Apesar da ocorrência de furtos, diz que a presença de PMs no campus não resolve o problema da segurança. “Se a polícia atuar na UFMT, a universidade corre risco de ser deformada. Ela precisa agir fora do campus e não entre a comunidade universitária. Deve investigar e prender o receptador, pois o ladrão só furta se tiver para quem vender. Apenas uma ronda por fora do campus já inibe a presença de bandidos. Nenhuma mansão tem policial dentro dela, mas fora, na rua”. Acrescenta que a polícia tem preconceito e a universidade não é um lugar do crime.
A preocupação de professores, servidores e alunos é que a universidade deixe de ser um espaço onde as idéias são colocadas sem repressão. Segundo o presidente da Adufmat, Carlos Eilert, o ciclo debate outras formas de aumentar a segurança na universidade, como a instalação de câmeras e o aumento do número de funcionários da segurança. O ciclo também questiona o que é uma polícia cidadã.
No dia 28/3 a UFMT assinou termo de cooperação com a Secretaria de Estado Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Polícia Militar e a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça para criar a primeira escola de polícia comunitária cidadã, que terá sede no campus da UFMT. De acordo com o que consta do termo serão convidados representantes das polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros dos estados da região Centro-Oeste e ainda de Rondônia e Tocantins para participarem do projeto piloto, que tem duração de um ano.
Fonte:
Da Assessoria
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