Sequestradores continuam extorquindo dinhero por telefone

Mais uma família passa por momentos difíceis em Cuiabá. Uma ligação telefônica para um celular à cobrar levou pânico à família da auxiliar administrativa Q.C., de 28 anos, que mora no Residencial Santa Inês, no bairro Carumbé, na Capital. Um bandido ainda desconhecido ligou para avisar que a mãe dela havia sido seqüestrada. A Polícia não descarta que a ligação tenha partido de dentro de um dos presídios da Grande Cuiabá, ou até mesmo de casas de reclusão de outros Estados.

O “seqüestrador” cobrou R$ 5 mil pelo resgate da mãe dela, que trabalha em uma clínica particular no bairro Araés. Como em todos os seqüestros, o bandido exigiu que a família ficasse fora do caso, fazendo, inclusive ameaças de morte.

Mesmo assustada Q.C., que estava em companhia de um amigo arrolado como testemunha, acionou imediatamente a Polícia Militar para entrasse no caso. Logo em seguida ficou constatado que a mãe da vítima estava trabalhando tranqüilamente e que o suposto seqüestro não passava de mais um crime de extorsão via telefone.

O delegado Adriano Rubio, de plantão na Central de Flagrantes da Delegacia Metropolitana não descartou que a ligação anunciando mais um falso sequestro tenha partido de dentro de uma casa de reclusão. O delegado, no entanto, também não descarta que as ligações possam estar sendo feitas de outros locais.

As tentativas de seqüestros, algumas consumadas em Mato Grosso através de ligações telefônicas, segundo a Polícia, vem acontecendo freqüentemente, não apenas na Grande Cuiabá, como em diversas cidades do interior do Estado. Em todos os casos, segundo a Polícia, as ligações partiram de dentro de presídios, algumas delas até do Rio de Janeiro.

A Polícia ainda não quer falar sobre as investigações, mas garantiu que elas continuam e que estão bastante adiantadas. Os bandidos exigem dinheiro e em alguns casos também mandam que as vítimas comprem cartões telefônicos para celulares de cartão.