Pai fuzila filho com medo de assalto

O vendedor Alberto Veronezzi, de 28 anos, foi assassinado pelo próprio pai, o produtor rural Renato Veronezzi, de 53, que o confundiu com assaltantes. O homicídio ocorreu anteontem à noite, no sítio de Renato, localizado na gleba de Olho d’Água, na região de Mata Grande, em Rondonópolis (cidade a 210 quilômetros da Capital). Alberto se deslocou até o sítio para visitar o pai que não atendeu a várias ligações feitas durante o dia.

De acordo com policiais da Delegacia do Distrito de Vila Operária, no sábado à noite o sítio havia sido assaltado por vários homens que renderam toda a família, levando vários pertences das vítimas. Renato acabou sendo informado do assalto e ligou para os pais que não atenderam seus telefonemas.

No domingo, o vendedor ficou preocupado e resolveu verificar pessoalmente o que tinha ocorrido, pois sempre que ligava para a família, era prontamente atendido. Na viagem, foi acompanhado de dois amigos. Estes disseram aos policiais que, ao chegar na frente da casa, chamou pelos pais várias vezes e ninguém atendeu.

Em seguida, os três caminharam em direção a porta dos fundos. Alberto, então resolveu arrombar a porta. Nesse momento, foi recebido a tiros pelo próprio pai, armado com uma espingarda que possui há vários anos. Os amigos do vendedor, então começaram a gritar e se identificaram. O disparo atingiu Alberto no tórax que morreu a caminho da Santa Casa de Rondonópolis.

Conforme os policiais, o produtor rural demonstrava estar muito assustado com o assalto que sofrera e ainda estava traumatizado com a violência sofrida. Ao deparar com alguém arrombando a porta, acreditou estar diante de um novo assalto.

Ontem de manhã, peritos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram na chácara para fazer a perícia do local. A delegada Anaíse Barros instaurou inquérito para apurar os fatos colocando uma equipe para investigar o crime.

Renato deverá ser interrogado nos próximos dias pela delegada e deverá ser indiciado por homicídio. O corpo de Alberto Veronezzi foi velado na capela do cemitério da Vila Aurora e enterrado no final da tarde. Conforme os policiais, o pai não participou do velório temendo ser preso.