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Cidades/Geral
Segunda - 17 de Abril de 2006 às 07:56

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Lixo sem dono e sem endereço. Hoje quem faz uma pequena ou uma grande reforma não tem local para jogar os restos, seja de construção ou até mesmo da mobília velha.

E ao invés de contratar o serviço especializado de uma empresa, pagando um preço de mercado, muitas vezes prefere economizar e contratar um charreteiro para "dar um jeito" na situação e pronto, a pessoa não quer saber onde o entulho foi jogado.

Pelo menos 25% de tudo que é produzido advém dos próprios moradores, ou seja, 220 toneladas são geradas individualmente mas são responsáveis por uma grande sujeira.

Os vizinhos dos "lixões" se aproveitam da terra sem dono, na maioria das vezes pública, e emporcalham ainda mais.

O arquiteto Tarcísio de Paula Pinto avalia que o primeiro objetivo do Ecoponto é mostrar aos moradores que existe um lugar para onde levar o entulho e de certo modo facilitar a vida de quem vive do descarte, seja o charreteiro ou a empresa bota-fora.

"Em Belo Horizonte, todos estes trabalhadores estão cadastrados na prefeitura que divulga o serviço deles, a idéia funcionou tão bem que ninguém quer saber de jogar lixo em outro lugar, quer estar de bem com o poder público".

Para aquelas empresas que geram grande quantidade de detritos da construção civil, a alternativa é licenciar áreas restritas, onde possa ser criada uma usina de triagem e reciclagem do material.

"A madeira pode ser processada e o pó usado por padarias, por exemplo. Ao invés de degradar áreas para retirar aterro, pode-se usar pó de concreto para executar o mesmo serviço", acrescenta o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Levi Andrade.

Ele prefere não tocar no valor das obras, diz que conta com parcerias do Juizado Volante Ambiental (Juvam) para doação de madeiras para a construção.

"Existem empresas que cometeram crimes ambientais que podem quitar o débito através de uma parceria conosco".

Cidades como São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Santos e São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Joinville (SC) já adotaram o novo sistema que evita o desperdício e a sujeira da cidade. (RD)




Fonte: A Gazeta

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