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Polícia Brasil
Segunda - 17 de Abril de 2006 às 07:02
Por: Silvana Ribas

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Agredida desde os 30 dias de vida pelo pai biológico, a menina J.S.J. de 14 meses sofria por não ter nascido homem. Hoje, com pouco mais de 4 quilos, não corre mais perigo de vida, mas está fraca. No último dia 7 de abril, o desempregado I.J., 25, deu um soco na filha, na altura das costelas. Como resultado ela passou a ter vômito, febre e diarréia. Uma semana depois, a mãe S.C.S., 19, procurou ajuda de amigos. Depois de pressionada, já no Pronto-Socorro de Várzea Grande, confessou que os hematomas e o estado da criança deviam-se, mais uma vez, à violência do pai.

A mãe confessa que o marido é muito agressivo, inclusive com ela. Diz que quando a menina tinha 6 meses teve uma das pernas quebradas durante uma sessão de espancamento. A avó, Niva Maria de Souza, 38, está revoltada. Ela lembra que quando fez a primeira denúncia contra o genro foi desmentida pela filha, que disse que a perna havia sido quebrada em uma queda acidental do bebê da cama. Hoje a avó já tem garantida a guarda provisória da criança, que continua internada no Pronto-Socorro. Ontem a família tentava conseguir alguma roupa para a a criança e mesmo fraldas, já que todas as vestes estão trancadas na casa do acusado, que teria viajado para a localidade de Bauxi, para o enterro de um familiar. Mas Niva Maria teme que a viagem seja um pretexto par ele fugir. O genro foi liberado na sexta-feira, depois de prestar declarações à Polícia Civil, pois haviam se passado mais de 24h da agressão.

A mãe da criança, que com o pai perdeu a guarda da filha, garante que vai se separar do marido, que está há meses desempregado. Ela confirma que desde os 30 dias de vida a menina sofre torturas e agressões. Era comum ficar enrolada em cobertores e trancada dentro do guarda-roupas. O pai dizia que não suportava o choro da menina. A avó por diversas vezes pediu a guarda da neta ao genro, com o que ele nunca concordou. O bebê está desnutrido e anêmico.




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