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Nacional
Segunda - 17 de Abril de 2006 às 05:15

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O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, teria cogitado pedir a prisão dos 40 acusados de envolvimento com o mensalão que, segundo consta em seu relatório, seria uma "organização criminosa" que tinha como objetivo "manter o PT no poder". Ele teria mudado de planos, no entanto, ao perceber que o pedido não seria acolhido pelo ministro Joaquim Barbosa, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal Folha de S. Paulo publicado nesta segunda-feira.

A prisão dos acusados, embora não tenha sido formalizada na denúncia, pode ser pedida a qualquer momento pelo procurador. A intenção de Souza, com as prisões, seria pressionar os acusados para que alguns passassem a colaborar nas investigações via delação premiada - o abrandamento da punição em troca de informações importantes para o caso. Segundo a edição desta semana da revista Veja, pelo menos um dos suspeitos, o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, já estaria ajudando o Ministério Público Federal.

Souza teria dito a parlamentares que participaram da CPI dos Correios que as movimentações financeiras do publicitário Duda Mendonça e de Marcos Valério no exterior serão o alvo principal na segunda etapa das investigações. O procurador disse ter provas de que Duda recebia recursos de caixa dois em contas no exterior desde muito antes da campanha presidencial que fez para o PT, em 2002.

As acusações contra os dirigentes do Banco Rural também devem ser reforçadas em relação ao primeiro relatório, no qual Souza pede o indiciamento da presidente, Kátia Rabello, e de mais três executivos da instituição. Documentos comprovariam crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e ocultação de patrimônio. Os dirigentes do banco podem ser os primeiros a terem o pedido de prisão feito pelo procurador-geral.




Fonte: Terra

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