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Esportes
Sábado - 15 de Abril de 2006 às 13:49
Por: Rafael Prada

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Sete meses depois do escândalo da arbitragem que fez o futebol brasileiro passar por sua maior crise, o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que recebeu dinheiro de apostadores ilegalmente para manipular resultados de futebol, está endividado, aguardando seu julgamento e acreditando em sua liberdade.

"Ainda acredito que serei inocentado. Sei que tenho culpa, mas não para ser preso. Tudo que tenho levado de bordoada nas costas já machuca", disse ele, que convidou a reportagem do Terra Esportes para ir a sua casa, em um condomínio fechado em Jacareí (cerca de 80km da capital paulista).

Abatido e mais gordo, o pivô do caos de 2005 relembrou ainda todo o caso, falou do nível da arbitragem atual e confirmou ser mesmo corintiano.

"Eu trabalhava como profissional, não com o coração. Hoje eu assisto a um jogo e torço pelo Corinthians", afirmou.

Edílson, que aceitou dinheiro de apostadores para interferir em resultados de partidas dos campeonatos Paulista e Brasileiro do ano passado, disse acreditar em outros casos de corrupção no apito futuramente.

"Não acho que (a corrupção na arbitragem) irá acabar. Os sites de apostas ainda estão abertos. E se é ilegal, por que os sites estão abertos? Alguma coisa está acontecendo por fora. Em algum momento, um árbitro pode aceitar (o dinheiro) e tudo voltar. Então não vai ter adiantado nada eu ter perdido minha vida, já que outros podem cair na tentação."

Confira a entrevista:

Após todo o escândalo, como acabou a sua carreira? E como está o seu dia a dia hoje? Meu dia a dia, quando eu apitava, era treino na parte da manhã, almoçava pouco e treinava normalmente à tarde. À noite ia para a minha sauna. Ainda vou hoje, sou viciado em sauna. Mas não ficava muito nas ruas, na cidade, sempre ia muito a shoppings e restaurantes com a minha filha Mariana e minha mulher Márcia. E não ficava muito por aí, não freqüentava barzinho, sempre tinha aquelas gracinhas, principalmente depois de 1998, quando comecei a ficar conhecido, e Jacareí é uma cidade pequena. Hoje, depois de tudo que aconteceu em setembro, ter conhecido pessoas erradas, que me procuraram, não estou trabalhando, fico em casa, não treino mais, dou minhas corridas todo dia, mas não treino com aquele afinco porque tenho certeza que domingo e quarta não vou trabalhar mais, infelizmente. Então eu não me dedico mais, até engordei, quatro, cinco quilos, não tenho mais o prazer de me dedicar à vida de esportista. Mas no dia-a-dia não procuro ficar andando na cidade, não preciso nem colocar uma melancia no pescoço para chamar a atenção.

Você conhecia o esquema de apostas desde 2004, mas só passou a fazer parte em 2005. Como você entrou nesse escândalo?

Eles vieram me procurar em 2004, no mês de setembro, aqui na porta da minha casa e no final do ano, em outubro ou novembro, quando apitei o clássico entre Guarani e Ponte Preta, já que os apostadores são daquela região. Eles vieram aqui e forçaram a barra, eu não quis entrar. Estava bem financeiramente porque tinha muitos jogos, principalmente de Sul-Americana, Série A e Série B, um árbitro da Fifa ganha razoavelmente, até R$ 3 mil por jogo. E já os toquei daqui. A primeira resposta é sempre não. E, já em 2005, vieram me procurar novamente, com dinheiro na mão, mas não queria. Aí voltaram no mês de fevereiro, eu estava indo apitar Banfield (ARG) e Alianza Lima (PER). Eu pensei: "por que não vou aceitar? Faço só esse jogo, pego o dinheirinho, não faço nada lá", aliás, como não fiz. Eles pediram uma vitória do time argentino, mas não marquei um pênalti para eles e fiquei fora mais de um mês. Tudo o que ele queria eu fiz o contrário, de tão preocupado e tenso que eu estava. Mas eu te monstro e te provo que eu não participei de nenhum jogo burlando o torcedor, a sociedade ou o futebol brasileiro, eu simplesmente enganei e fiz de otário esse Gibão (Nagib Fayed, apostador), tenho provas disso. A Polícia (Federal) e a Federação (Paulista de Futebol) sabem disso, mas infelizmente os jornais, TV, rádio são a voz do povo, joga pra todo mundo.

Qual o valor que eles te pagavam por partida? O valor pela partida na Argentina foi de R$ 10 mil. Mas e se chegasse no jogo e um maluco fizesse três, quatro gols, que culpa eu tenho? Mas eu não ia acabar com minha carreira por esse dinheiro, aceitei , paguei minhas continhas e ia fazer algo com o que sobrar. E sorte deles se o time que eles apostassem ganhasse. E foi na sorte. O gol da vitória do Banfield foi aos 44min. E hoje eu posso falar que ali começou uma grande infelicidade da minha vida.

Você disse que seria somente essa partida. A partir de que momento você pensou que poderia fazer isso mais vezes?

Assim como eu fui para a primeira partida e já estava com o dinheiro no bolso, a equipe venceu, não fiz nada e ainda prejudiquei-a, eu tive sorte. Mas já que tinha sido assim, vamos para a segunda partida. Aí começou o Campeonato Paulista e eles aparecerem de novo, quando fiz contato com o Gibão.

No Campeonato Paulista você também foi procurado e recebeu dinheiro para isso? Justamente, por duas partidas só. Guarani e Corinthians, mas novamente você não vê um pênalti, não vê cartões desnecessários. Mas a prova maior é que nenhum dos dois jogos foi anulado. A comissão da arbitragem e o pessoal da Federação analisaram os jogos e não viram nada. Ficou aquela dúvida se eu tivesse prejudicado ou ajudado algum time. Mas em momento algum cometi erros que pudessem colocar em dúvida minha arbitragem, como aconteceu com o Márcio Rezende de Freitas jogo entre Corinthians e Internacional. Você jamais vai ver 10% de uma jogada daquelas com o Edílson. E era para ter acontecido, não era? Eu estava recebendo um dinheiro razoável, um dinheiro na quarta e outro no domingo.

Você tinha noção que esse dinheiro era pouco perto do que eles recebiam nas apostas?

Eu não conversava sobre isso com ele, dizia ele que já jogava nos times favoritos, do mais forte. Se ele jogasse na zebra, ele ganharia muito mais dinheiro, mas tinha maiores chances de perder. Ele disse que perdeu mais R$ 2 milhões em 2004 e disse que ganharia menos ano passado.

Você também apostava nos jogos? Jamais. Até foi colocado por ele (Gibão) na Polícia Federal, quando ele tentou tirar o dele da reta, que eu o tinha procurado. E a PF sabe que isso é uma inverdade, tem mais de 20 mil horas de conversas telefônicas gravadas. Eu só o conhecia, depois fiquei sabendo que o advogado dele também era sócio. Mas tudo que eu sabia, eu disse para ficar com a consciência limpa e não morrer sozinho na praia. E a polícia sabe que eu manipulei ele, mas não adianta. Até expliquei para o delegado que, quando ele me perguntava se ele podia apostar R$ 400, 500 mil, eu ia dizer o quê? Não, não tenho certeza? Eu falava pode apostar, eu faço o que você quiser para conseguir o resultado. Chegava aqui na segunda-feira, ele me ligava xingando dizendo que não tinha feito o trabalho. Mas ele estava jogando com sorte do jogo e a minha. Se desse o resultado que ele queria, sorte dele e minha, já que eu ia ganhar um dinheirinho. Mas se não desse, eu estaria escalado na próxima rodada.

O seu interesse no esquema era puramente financeiro?

Com certeza.

E onde está esse dinheiro?

Quanto você pensa que eu ganhei? Dos 11 jogos do Campeonato Brasileiro, eu não ganhei nem um real. No Paulista eu fiz apenas dois jogos, o do América e Palmeiras, que acabou 4 a 1 para o time do interior, mas não teve lances de dúvidas e, inclusive, expulsei o jogador do América. E Guarani e Corinthians também, que o time da capital ganhou por 2 a 0, fora o baile. Ainda tiveram mais jogos do Paulista, mas a banca do site não deixava que ele apostasse em jogos do Edílson Pereira de Carvalho, já que eles desconfiaram, suspeitaram. Eles não são bobos, perceberam. E ele também me adiantou mais R$ 10 mil para o primeiro jogo do Campeonato Brasileiro. Ele disse que ganharíamos muito dinheiro porque eram 42 rodadas, tem a Copa Sul-Americana. Em 2004, ele perdia muito e as bancas dos sites adoravam. No ano passado, ele ganhou em dois jogos e os caras começaram a desconfiar. Mas eu sabia na minha vida que isso um dia teria fim, e acabou de forma melancólica para o meu lado. Mas e os 11 jogos do Campeonato Brasileiro? Você não recebeu nada por eles?

Recebi os R$ 10 mil adiantados e ele perdeu esse dinheiro. Já que nenhuma das partidas em que eu apitei no Brasileiro foi aberta para apostas no site. Se outro apostasse, até poderia. Mas teria que ter muito dinheiro. Quando eu apitava, o meu jogo não abria para aposta.

Então não teve apostas do Nagib nos seus jogos do Nacional? Não! Mas teve sim, sempre oferecendo de R$ 12 a 15 mil, investidas para eu tentar fazer amizade com outro árbitro para apresentar o Gibão e mostrar o dinheiro, para eles (árbitros) verem que era sério.

Então, qual foi o motivo alegado para que esses 11 jogos fossem anulados?

O (Luiz) Zveiter (ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva) me interrogou e comecei a falar que não tinha participado de nada. O delegado quase teve um chilique e ficou gritando: "Você não sai mais da cadeia se você falar que não teve participação dos 11 jogos". Eu falei, mas não adianta falar que eu tive, vocês vão pegar a fita e ver que eu não tive. Por mais que eu minta, vocês vão ver a fita e saber que eu não tive participação. Não teve cartões ou pênaltis malucos, tanto é que nunca estive fora de escala.

Você acha então que o Zveiter forçou um pouco a barra e acabou te prejudicando? Ele forçou muito a barra e acabou prejudicando a mim, sim. Mas ele também caiu, por que ele não continuou também na presidência (do STJD)? Ele sempre quis colocar a melancia no pescoço e sair na rua. Se alguém não reconhecesse, ele sairia pelado. Ele sempre foi esse pavão. Não foi só por esse fato, eu o conheço há muito tempo. Ele sempre gostou de aparecer, tirando mando de campo, que aconteceu muito em 2005. Prejudicou muitas equipes, mas não as do Rio do Janeiro.

Você acha que teve alguma segunda intenção na anulação, além do fato de querer aparecer, então? Eu acho que o mais importante é querer aparecer. Esse era um gancho e só ele poderia anular os jogos. Somente ele, já que era o presidente. Ele era o que mandava e desmandava. Eram milhões de câmeras, todo mundo em cima dele. Mas justo seria ele assistir aos jogos, coisa que ele não fez. Eu estava tranqüilo, mas não assistiram. E naquele dia do meu depoimento, ele ainda saiu da delegacia dizendo que eu havia confessado que tinha manipulado os jogos. Ele foi pré-determinado a anular para aparecer, tanto é que ele caiu. E acho que agora ele se arrepende do fundo da alma por ter feito isso. Senão, ele estaria no cargo dele ainda.

A Justiça recolheu esse R$ 30 mil reais que você recebeu?

Eu queria que a Justiça abrisse meu extrato bancário, meu telefone, não tenho o que esconder. Hoje já faz sete meses, falo a verdade como estou falando agora, mas só ganhei R$ 30 mil, se você abrir minha conta vai ver pouca diferença. E eles sabem que não recebi pelos 11 jogos.

Então você devolveu esse dinheiro? Não, não! Ficou comigo. Esses R$ 30 mil são do apostador, não do torcedor de futebol. Se tivesse muitos mais jogos, a polícia teria requisitado alguma coisa de valor, mas como o dinheiro que foi, não dá para comprar uma casa, um carro. E a polícia sabe que eu estava endividado, por isso caí nessa asneira toda, mas esse dinheiro todo foi para as minhas contas.

Você ainda corre o risco de ser preso?

O processo já foi fechado em sete pessoas. Dois árbitros e mais cinco, entre elas os apostadores. Mas os sites ainda estão abertos. É o que eu queria fazer essa pergunta para a Polícia Federal: por que esses sites ainda estão abertos? Eu quero que o julgamento seja o mais rápido possível, para eu ficar mais livre. Eu sei que eu sou culpado pelo o que eu fiz. A polícia sabe que eu não burlei os torcedores, mas sim os apostadores. A FPF não anulou os jogos que eu apitei no Paulista. Esse Zveiter acabou com a minha vida, colocou um fardo muito grande nas minhas costas. Se os 11 jogos não tivessem sido anulados, todos pensariam: o que ele fez então? E o próprio Zveiter sumiu, depois de toda essa discrepância.

Como ficou a sua família quando todo o escândalo veio à tona? Na verdade, a minha esposa não sabia. Ela soube quando eu abri a Revista Veja no computador na sexta-feira e ela estava comigo. Vi a minha foto e quase tive um chilique, eu expliquei para a minha mulher, ela não acreditou, começou a passar mal, o nervosismo tinha tomado conta dela e eu já estava mais controlado. Se eu soubesse que isso aconteceria... mas estava tranqüilo. Havia servido para um quebra-galho aqueles R$ 30 mil, mas veio à tona. E o Brasil inteiro ficou sabendo isso.



Como você se sente quando os torcedores gritam "Edílson, Edílson" nos estádios, em referência a um árbitro supostamente "ladrão"? No domingo, estava vendo Internacional e Grêmio (final do Campeonato Gaúcho) e ouvi, mas me sinto mal. Isso tem acontecido no Brasil inteiro e até no Paraguai. O Márcio Rezende de Freitas estava apitando e começaram o grito em castelhano. Fico bastante chateado, constrangido, triste. E todo dia penso e me vejo como árbitro, ainda falo que estou no meio, mas não faço mais parte desse mundo. Não me perdôo pelo o que eu fiz, mas não adianta. Eu estava junto com a pessoa que estava fazendo coisa errada.

Assusta o fato de deixar a sua casa, sua família e voltar para a prisão?

Não assusta, eu fiquei cinco dias preso para interrogatório. Lógico que não vou ficar no pátio ou na sala do delegado se acontecer, teria que ficar na cela. Mas preso é uma palavra forte. Fica o constrangimento e o fato de perder a arbitragem. O arrependimento é muito grande. Antes se eu tivesse ganho todo o dinheiro que falam por aí. Pelo menos estaria com o bolso cheio, teria comprado alguma coisa. Mas não, hoje estou pessimamente financeiramente. Antes (do escândalo) eu ganhava mais que médicos e engenheiros, que estudavam barbaramente. Com certeza joguei fora minha vida. Eu era o décimo árbitro da Fifa. Sendo que desses dez, uns quatro eram por politicagem. Mas hoje a sociedade vê o Edílson Pereira Carvalho como o juiz ladrão. Tudo eu joguei fora, antes me olhavam com respeito, pediam para eu levar nos jogos que apitava. Mas tudo aquilo que fiz em 16 anos acabei em dois meses.

Você é corintiano, Edílson? Antes mesmo de ter falado isso em um programa, se você morasse aqui em Jacareí, já saberia que eu sou corintiano. Mas eu trabalhava como profissional, não com o coração. Hoje eu assisto a um jogo e torço pelo Corinthians, mas a cidade de Jacareí já sabia. A maioria dos árbitros dizem que torcem pelos seus bolsos.

Após ser julgado, e quem sabe inocentado, se te convidassem para voltar a apitar. Você aceitaria?

Nunca me perguntaram isso. Até fui convidado para apitar campeonatos amadores, mas não aceitei. Mesmo precisando do dinheiro e tendo que trabalhar. Mas não aceitaria não, nem na CBF, nem na Fifa e nem na federação. Mas ainda acredito que serei inocentado, sei que tenho culpa, mas não para ser preso. Tudo que tenho levado de bordoada nas costas já machuca. Mas você tem que pagar e a melhor forma quem vai definir é a Justiça, eu acabei com a minha vida, mas o maior julgamento tem sido meu e de Deus. Tenho tido uma vida péssima socialmente e o dinheiro não interessa agora, até porque ele acaba.

Você acha que as pessoas vão esquecer o que você fez? Eu acho que elas jamais vão esquecer.

Como você analisa a instauração da Comissão de Observação dos árbitros pela CBF?

Ela já existe em São Paulo faz anos, mas tenho certeza que a Comissão de Arbitragem da CBF copiou daqui, eles copiam várias coisas. A Federação Paulista está sempre à frente. Quem vai gostar muito são os árbitros novos, porque os mais velhos não vão receber críticas. Mas para um árbitro novo, ele vai querer caprichar e receber uma boa avaliação. Só que não existe árbitro perfeito, e se o observador não for metido, ele até pode conversar com o juiz e orientar.

O que você achou a adoção do ponto eletrônico no futebol paulista? Já existe nas séries A-1, A-2 e A-3 a obrigação de se trabalhar com a bandeira eletrônica. E se não tiver (a bandeira eletrônica), não apita em São Paulo. Eu acho desnecessário o ponto eletrônico porque já existe a bandeira. Nos outros estados seriam necessários, já que eles pagam mal e poderia ajudar. Fora que os jogadores estão vendo que o árbitro está falando (no ponto) e isso pode atrapalhar, já a bandeira eletrônica dá apenas o toque. É muita coisa para o juiz, e isso atrapalhou no clássico entre São Paulo e Corinthians.

O Coronel Marinho foi uma boa opção para assumir o comando da arbitragem em São Paulo?

Eu te falo com todo conhecimento que tenho de árbitros e regras: achei horrível. Foi o pior Campeonato Paulista, em termos de arbitragem, desde 1991, quando comecei. Isso porque foge muito da alçada dele. Os árbitros precisam de experiência e todos têm que ter chance, mas em dez jogos havia dez juízes novos, pegando um Tevez, Mascherano, Rogério Ceni, Edmundo. Ele treme. No vestiário mesmo já avisam que é novo e vão para cima. Houve muitos erros neste Paulista. Se eu estivesse lá ainda, eu ajudaria. Mas ele (Coronel Marinho), e não tenho nada contra, jogou no lixo esse Campeonato Paulista. E o ranking é outra coisa que não ajuda em nada. Não dá para colocar um cara novato para apitar clássico no Morumbi, seria burrice em cima de burrice. Só pode colocar árbitros experientes para esses jogos, mas não foi o árbitro que estragou a escala, mas sim quem os coloca lá. Se o seu chefe manda, você tem que obedecer. Ele acaba estragando a vida do assistente, o cara acaba, some. O presidente da comissão não conhece os árbitros para designar (para as partidas). Por exemplo, ele tem que colocar o Paulo César Oliveira para tal jogo, tem que saber que o Sálvio (Spínola) é mais molengão, bananão. O (Wilson Luiz) Seneme é mais durão, rígido. O (Cléber Wellington) Abade apitar o São Paulo não dá certo, ele só é empurrado pelo Rogério Ceni e não faz nada. Falta esse conhecimento.

Você acha que ainda há chances da manipulação de resultados voltar a acontecer? Eu acho que fiz um bem para o futebol. Foi bom por um lado para mim, mas foi péssimo também. Mas não acho que irá acabar, os sites de apostas ainda estão abertos. E se é ilegal, por que os sites estão abertos? Alguma coisa está acontecendo por fora. O nome do dono do site já foi mostrado e nunca foi chamado para nada, nem para algumas perguntas. Em algum momento, um árbitro pode aceitar (o dinheiro) e tudo voltar. Então não vai ter adiantado nada eu ter perdido minha vida, já que outros podem cair na tentação.




Fonte: Terra

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