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Polícia Brasil
Sexta - 14 de Abril de 2006 às 01:20

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A Polícia Militar de São Paulo está investigando a suposta execução do faxineiro Rogério Santos Dias, 33 anos, por PMs na noite da última quarta-feira, na rua Bignônia, na zona sul da capital paulista. Dias, que tinha ficha criminal limpa e, segundo familiares, nunca andou armado, foi baleado pelos policiais ao descer do carro, um Fox cinza, a fim de entrar na casa da sogra. Ele morreu ao receber atendimento em um hospital da zona leste.

Ontem, a Corregedoria da Polícia Militar anunciou que os policiais envolvidos seriam afastados enquanto durassem as investigações e admitiu que Rogério era inocente e teria morrido atingido por bala perdida. Serão realizados exames para identificar se a bala que o matou partiu da PM ou dos supostos criminosos que eram perseguidos. Os policiais usavam pistolas ponto 40.

Inicialmente, o cabo Marcelo Batista de Moraes e o soldado Róbson Constantino de Araújo, que participavam de perseguição a um Escort cinza-escuro, disseram que a vítima estava no Escort e desceu atirando. Chegaram a apresentar uma pistola 7,65 milímetros, supostamente usada por Rogério.

A versão não se sustentou, uma vez comprovado que Dias não estava no Escort. De acordo com um familiar, o faxineiro havia saído da casa da sogra na companhia do filho de 10 anos, por volta das 20h, pouco depois de jantar, a fim de pegar a mulher, no Fox, em uma estação de metrô.

O tiroteio ocorreu quando Dias, o filho e a mulher desembarcavam do carro. No mesmo momento, passou o Escort em frente à casa da sogra da vítima e houve o tiroteio, no qual ele foi atingido. O faxineiro foi socorrido pela mulher e depois levado para o hospital em um carro da própria PM.

"A arma só pode ter sido plantada pelos policiais", afirmou o aposentado Aparecido Dias, 61, pai de Rogério.




Fonte: Terra

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