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Quinta - 13 de Abril de 2006 às 18:20
Por: Danielly Tonin

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De acordo com o Sindicato Nacional de Aviação Agrícola, Sindag, o acidente ocorrido no dia 1º de março, que lançou uma nuvem de veneno sobre o município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, deixando plantas e pessoas expostas ao veneno, é realmente fácil de ser fiscalizado, pois os aviões agrícolas e os pilotos são devidamente cadastrados pelo Ministério da Agricultura e pelo comendo da Aeronáutica. As aeronaves são identificadas, cadastradas, homologadas e passam por vistoria anualmente. Os pilotos precisam ser cadastrados e submetidos a uma avaliação por ano. Toda a aviação agrícola é feita sob a responsabilidade de um engenheiro agrônomo inscrito no CREA.

Segundo o chacareiro Sergio Miller, morador do entorno da cidade de Lucas do Rio Verde, agora as pulverizações pararam, porque acabou a colheita da soja, mas todo ano acontece isso. "São pilotos que querem aparecer que sobrevoam a cidade com aviões agrícolas utilizados para pulverizar agrotóxicos sobre as lavouras". Ele explicou que, com o vento forte, apenas algumas gotas do veneno que saiam dos tanques das aeronaves são suficientes para provocar uma neblina sobre toda a cidade.

O chacareiro acha que as autoridades deveriam fazer cumprir a lei, que determina que certos tipos de agrotóxicos não podem ser aplicados por aviação agrícola e que esse tipo de pulverização só pode ser feita a uma certa distância da zona urbana. "Quando acontecem esses vôos, eles precisam saber por que o avião esta passando por cima da cidade, saber qual a origem dele, o que ele esta fazendo, ver se ele não tem outra rota para passar. Acho que se eles [as autoridades] quiserem, isso é muito fácil de controlar", afirmou Sergio Miller.

Além disso, o Sindag, informa que existem regras importantes para esse tipo de aviação. Os aviões somente podem aplicar agrotóxicos a no mínimo 500 metros das cidades, porém não estão proibidos de sobrevoa-las. Para isso, precisam respeitar algumas regras como: o tanque das aeronaves devem estar vazios e obedecer a altura mínima estipulada pelas regras aeronáuticas em vigor. Vôos de baixa altura somente são permitidos durante a aplicação agrícola.

O Sindag relata ainda, que o fato ocorrido em Lucas do Rio Verde e relatado pelo chacareiro Sérgio Miller, já foi investigado pelo Ministério da Agricultura, o qual não encontrou evidências de que produtos aplicados por avião tenham atingido a cidade, hortas, etc.





Fonte: 24Horas News

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