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Nacional
Quinta - 13 de Abril de 2006 às 17:30

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GENEBRA, Suíça - O Conselho da Europa, órgão político do continente europeu, pede que a Fifa tome providências em relação à chegada de prostitutas vindas de todo o mundo, inclusive do Brasil, à Alemanha para a Copa do Mundo. A entidade máxima do futebol, porém, alertou nesta quinta-feira que não tem qualquer poder legal para tomar ações contra o tráfico de seres humanos ou contra a prostituição forçada.

Na quarta, os deputados que formam parte do Conselho da Europa aprovaram uma resolução pedindo providências da Fifa em relação à possibilidade de que entre 30 mil e 60 mil prostitutas sejam levadas para a Alemanha durante o Mundial.

Os deputados alertam que complexos estão sendo criados para prestar esses serviços, com locais com cama, ducha e distribuição de preservativos. O que as organizações não-governamentais temem é que, apesar de a prostituição ser legalizada na Alemanha, muitas meninas sejam levadas de forma forçada a prestar os serviços.

A Fifa esclarece que condena esses atos de violações aos direitos humanos, mas aponta que, como órgão que governa o futebol mundial, não tem responsabilidade sobre esses fatos. Para a entidade, a responsabilidade deve ser das autoridades alemãs. Em comunicado, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, rejeita que esteja sendo "passivo" em relação ao tema.

Em conferência de imprensa em Genebra, no entanto, o presidente da Fifa foi irônico e afirmou que o fenômeno da prostituição ocorre com freqüência ao redor de Grandes Prêmios de Formula 1. "Nunca vi ninguém reclamar disso", disse.

Mas os governos europeus parecem não estar contentes com a resposta da Fifa e querem tratar do assunto no encontro de ministros no fim do mês. Uma das propostas da Europa é de que as fronteiras da Alemanha sejam vigiadas com maior atenção. Os policiais serão orientados a identificar moças entrando na Alemanha com visto de turista, sem hotel para ficar e pouco dinheiro no bolso.





Fonte: O Estadão

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